Nampula (IKWELI) – A Haiyu Mozambique Mining (HMM) disse no último Workshop por si organizado, sobre Governação e recursos Naturais em Nampula, que está satisfeita com o nível de execução do plano estratégico de responsabilidade Social da empresa, 2022/2026.
Para HMM, servir às comunidades hospedeiras do seu projecto mineiro de extracção de áreas pesadas em Angoche e Moma, é uma de suas prioridades no sentido de alavancar o seu desenvolvimento.
De acordo com Jiapo Yang, assistente do director-deral da mineradora, as actividades realizadas naquele âmbito visam não só desenvolver e melhorar o provimento de serviço sociais básicos, mas também o ambiente e convivência entre a empresa e os Nativos.
“Nos dois distritos, a empresa está a empreender actividades de responsabilidade social referentes ao plano estratégico de responsabilidade social para o quinquénio 2022-2026. A nossa maior satisfação é que este plano reflecte as necessidades das comunidades abrangidas pelo projecto de mineração que participam de forma directa na sua implementação. O nosso maior objectivo é de continuarmos a implementar o plano tal como foi concebido, no sentido de satisfazermos os anseios das comunidades. Queremos continuar a estar mais próximos das comunidades, queremos ser melhores parceiros das comunidades, servir às comunidades para que elas possam ter maiores benefícios da presença da empresa nos dois distritos”.
Entretanto, líderes comunitários e representantes de associações de base comunitária nas comunidades dos distritos de Angoche e Moma, que participaram do Workshop, pensam diferente.
Segundo estes, a falta do cumprimento dos prazos do plano estratégico de responsabilidade social da Haiyu Mozambique Mining, que espelha as necessidades dos nativos, não condicionam o franco desenvolvimento.
Lopes Cucutela é representante dos líderes das comunidades de Angoche, diz que “até porque apoiam no desenvolvimento das actividades, mas porem, de lamentar que são as empresas contratadas para desenvolver as tarefas que têm mostrado um pouco de negligência no cumprimento destas actividades num dado período do qual é acordado. Um dos exemplos, vamos falar de projectos que já aconteceram nas comunidades, sempre ultrapassaram o tempo, o limite do tempo excedendo de forma que faz com que o próprio plano de responsabilidade social esteja também atrasado”.
Por seu turno, Rui Mate, pesquisador do CIP (Centro de Integridade Publica), defende a necessidade de se flexibilizar os planos de responsabilidade, tendo em conta as necessidades, o período e sempre verificar as prioridades junto das comunidades com alguma regularidade.
“Em relação a responsabilidade social, eu acho que estão sendo feitas, na medida do possível, se é realmente aquilo que são as necessidades da comunidade, ai é outro assunto que é preciso analisar, porque nós podemos verificar que num determinado momento, essas acções de responsabilidade social normalmente são desenhadas para um período de cinco anos, e as comunidades são auscultadas, quando são auscultadas, e elas determinam que querem alguns projectos, mas podem passar dois anos e as prioridades mudam e como o acordo já foi feito, as vezes a flexibilidade disto não ocorre e as comunidades dizem que não é isso que nós queremos, esquecendo que também foram elas que escolheram numa determinada altura”, disse o pesquisador.
Sobre o cumprimento do plano estratégico de responsabilidade social da Haiyu Mozambique Mining 2022-2026, no distrito de Moma, o Ikweli teve acesso a uma tabela de nível de execução na qual estabelece que dos 19 projectos planificados, apenas dois foram concluídos, na sua totalidade, e dois estão em curso.
Ainda de acordo com a referida tabela, a Haiyu Mozambique Mining despendeu em actividades de responsabilidade social uma cifra de um pouco mais de 63 milhões de meticais no distrito de Moma. (José Luís Simão)