Nampula (IKWELI) – A maior unidade sanitária da região norte do país, localizado na província de Nampula, está a registar um aumento significativo de casos de crianças que dão entrada por doenças respiratórias face a época do inverno que se faz sentir desde o mês de abril.
Dados partilhados pelo Médico pediatra do Hospital central de Nampula (HCN), Sujai Fazira, indicam que durante este período foram registados 856 casos contra 352 registos do igual período de 2023, o que corresponde a um aumento de mais de 50%.
De acordo com a fonte, o HCN tem recebido crianças transferidas de alguns centros de saúde nos arredores da cidade, como Namicopo, e dos distritos de Mogovolas, Nametil, Mecubúri, respectivamente.
Segundo Fazira, a falta de ventilação nas residências, uso de repelentes de fumaça entre outros são factores que influenciam para que as crianças estejam susceptíveis a doenças respiratórias, como a broncopneumonias, pneumonias, renite alérgica, e asmas.
“Há casas que fazem lareiras para proteger-se do frio e com essa técnica há inalação de fumo e com as portas fechadas o ar não circula e consequentemente as crianças inalam os alérgenos e são esses alérgenos que vão até ao nível dos pulmões, provocando assim doenças respiratórias”, explica, a fonte, prosseguindo que nesta época do inverno o estado da imunidade das crianças é fraco e por conta disso há mais chances de contrair crises asmáticas.
Por isso, por forma a prevenir as crianças dessas doenças, a fonte chama atenção para que se garanta boa qualidade do ar dentro das residências, controlo da humidade, assim como manter os animais distante dos pequenos.
“Estamos a falar de cães, gatos, esses animais provocam ácaros e devem estar longe das crianças para prevenir das doenças respiratórias, precisamos controlar e estimular a prática de hábitos alimentares saudáveis, significa que a criança deve beber muita água para promover uma dieta hídrica equilibrada, de momo que ele não entre em desidratação. Ou seja, essas são formas que temos para prevenção das doenças respiratórias no momento inverno, uma vez que estamos a verificar tendências de casos crescidos quase acima de 50% quando comparado com o ano passado”, concluiu o especialista.
Importa destacar que desde a entrada da época do inverno em Abril passado, a maior unidade sanitária não registou casos de óbitos por doenças respiratórias em crianças. (Ângela da Fonseca)