Polícia moçambicana cada vez mais hostil as liberdades de imprensa e de expressão

0
467
  • Jornalista do CDD raptada apenas pro fazer o seu trabalho

Maputo (IKWELI) – A jornalista moçambicana Sheila Wilson, ao serviço do Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD), foi raptada no princípio da noite da última terça-feira (4) por agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) quando cobria uma manifestação dos antigos membros do SNASP.

Sheila Wilson apenas fazia o seu trabalho, por isso o seu rapto foi transmitido em directo, nas redes sociais, nas quais ela transmitia ao vivo.

“Na hora do sequestro e violência, Sheila Wilson encontrava-se a fazer uma “live” na minha página oficial da rede social “Facebook”, reportando a situação de sofrimento a que estão sujeitos os antigos agentes do Serviço Nacional de Segurança Popular (SNASP), na sua maioria idosos, que há uma semana se encontravam acampados em frente às instalações do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), reivindicando suas indemnizações que não recebem há mais de 20 anos”, escreveu o Professor Adriano Nuvunga, director executivo do CDD, nas suas páginas de redes sociais.

Na mesma mensagem, Nuvunga, explicou que “a razão pela qual se encontravam em frente ao edifício das Nações Unidas está relacionada ao facto de os antigos agentes do SNASP terem sido desmobilizados no âmbito do Acordo Geral da Paz de Roma, com a intervenção das Nações Unidas. O objetivo da presença no local é pressionar a ONU a falar com o Governo para pagar o que deve ao grupo”.

Para o local, a PRM mobilizou as suas diversas especialidades, brutalmente armadas e contra tudo e todos.

Na “live” foi possível ouvir a jornalista gritando por socorro até ser levada pela Polícia para parte incerta.

Esta não é a primeira vez que jornalistas moçambicanos são seviciados pela polícia, sendo que os casos tornam-se cada vez frequentes. (Redação)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui