XV FNJDE não foi motivo de aumento de clientela para artesãos

0
349

Nampula (IKWELI) – É sabido que, os festivais têm sido uma oportunidade para os agentes económicos, sobretudo para o comércio informal, pois, é nessa altura que fazem mais dinheiro para garantir o autossustento das suas famílias.

Entretanto, nem todos conseguem desfilar a sua classe, tal como é o caso de alguns vendedores do ramo artesanal que avaliam de forma negativa as vendas feitas durante o XV Festival Nacional dos Jogos Desportivos Escolares (FNJDE) realizados na chamada capital norte, isso porque poucos visitantes mostraram interesse pelos artigos por estes produzidos.

Trata-se de um evento que decorreu entre os dias 06 e 17 do mês em curso e contou com a participação de duas mil pessoas, das quais 1408 alunos oriundos de todas as províncias do país.

Durante o período, os vendedores de obras artesanais esperavam arrecadar mais dinheiro, tal como revelou Momade Jaime, que preferiu olhar para a acrual situação da economia que o país enfrenta.

“Desta vez aqui em Nampula o assunto está diferente, estes visitantes não se preocuparam em comprar artes, o movimento foi muito fraco, talvez por causa da situação do país”.

Alves Acácio, vendedor de arte em pau-preto, disse ao Ikweli que o movimento foi muito fraco, visto que desde o arranque do festival não houve muita aderência, como nas adições anteriores que conseguiam arrecadar dois a quatro mil meticais.

“Em termos de negócio não fiz nada. Não consegui quase nada, só vendi um pouco para dar de comer a família lá em casa. Quando chega esse tipo de evento, nós vendemos até alcançar os nossos objectivos”.

Acácio revelou que conseguiu construir a sua residência graças a venda de obras artesanais, no entanto se depende-se do último festival escolar “não conseguiria nada. Foi muito fraco, fraco mesmo”.

Quem teve a sorte de vender seus objectos no último dia do festival foi Abel Ali, que afirmou ter vendido um pouco de tudo das obras que tinha.

“Os outros dias o movimento era fraco, porque os alunos prometiam voltar para comprar e não regressavam, mas o pouco que eles tinham compraram connosco. Hoje o movimento é mais ou menos para aqueles que tem sorte”.

No local da exposição, a equipa do Ikweli conversou com Carol Matavele, atleta da província de Gaza que encontrava-se a apreciar para comprar algumas obras para servir de recordação para si e seus familiares.

“Pretendo levar essas obras para casa para ter lembrança de Nampula. Gostei muito dos chaveiros de madeira, brincos de conchas”.

Não só vendedores de artesanato mostraram-se insatisfeitos com as vendas. Berta Jacinto que encontrava-se a expor comida típica da província, tinha o seu semblante triste porque já eram quase 18 horas e as panelas ainda estavam cheias, um sinal de que não houve muita venda.

A fonte recordou que, no dia da abertura teve mais aderência de clientes do que no encerramento. E culpou o horário escolhido como uma das razões para o fraco movimento.

“No primeiro dia foi um sucesso. Mas neste último dia não tive o mesmo sucesso, talvez porque o evento começou tarde, depois das pessoas terem almoçado”. (Ângela da Fonseca)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui