ONU Mulheres quer aumentar engajamento de jovens raparigas em literacia digital

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Maputo (IKWELI) – A ONU Mulheres Moçambique, em colaboração com o Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, revida esforços para aumentar as competências das jovens raparigas em literacia digital, expondo-as á codificação e programação, para o incentivo da confiança e desenvolvimento pessoal.

Com efeito, nesta segunda-feira foi lançada uma iniciativa denominada África Girls Can Code (AGCCI), que contou com a participação do ministro Daniel Nivagara.

De acordo com o governante, esta iniciativa visa formar e capacitar jovens raparigas com idade compreendida entre os 15 e os 25 anos, em toda Africa, para se tornarem programadoras, criadoras e designers de computadores, para que as mesmas trilhem no caminho certo, para iniciarem estudos e carreiras no sector das tecnologias de informação e comunicação (TIC).

“É através dessa iniciativa que terá lugar nos próximos 7 dias o acampamento de programação, cujo objetivo é incrementar raparigas em literacia digital”, disse Nigavara, que avança que “constitui nossa expectativa, que por intermédio das raparigas que serão capacitadas no decurso deste acampamento de programação, essa iniciativa seja disseminada a mais raparigas moçambicanas, tanto no meio urbano, quanto rural e contribua para suscitar o interesse das mesmas no decurso do seu processo formativo, em dedicar-se as TIC, em geral, e a área da ciência tecnologia engenharia e matemática em geral em particular”.

Por outro lado, Nivagara precisou que “como governo, através de instrumentos de política de regulação e de regulamentação, temos vindo a promover a equidade de gênero do sector da educação como um todo”.

Estatisticamente, segundo o ministro “cerca de 47% da população do ensino superior é do género feminino”, lamentando que em todo o ensino superior, apenas, “26,6% dos estudantes frequentam cursos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática”, sendo que “a representatividade da rapariga é de 21.4% desse universo de estudantes”.

Na sua intervenção, o director de Operações da ONU Mulheres em Moçambique, Frankline Okumu, a AGCCI é motivada por um único objetivo que é de treinar e capacitar jovens mulheres africanas em STEM e TIC.

“Reconhecemos que esse campus são portas de entrada para um futuro, oferecendo infinitas possibilidades de avanço educacional e profissional no nosso mundo cada vez mais digital”, disse.

Por seu turno, o reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, Jorge Feirão, precisou que “ao nos reunirmos para dar início a iniciativa África Girls Can Code (AGCCI), marcamos um passo importante para corrigir a disparidade gênero. Este é um programa essencial para capacitação de jovens mulheres nas áreas de ciências, tecnologia engenharia e matemática (CTEM), não só abre portas para novas oportunidades, mas também fortalece as vozes femininas na narrativa científica e tecnológica. A AGCCI visa não apenas equipar estas jovens com habilidades técnicas, mas também inspirar uma nova geração de líderes que possam contribuir significativamente para o desenvolvimento econômico e social das suas comunidades”.

A iniciativa lançada esta segunda-feira vai beneficiar 60 raparigas das províncias de Maputo, Gaza e Inhambane. (Antónia Mazive)

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