Nampula (IKWELI) – O Presidente do partido Acção do Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI), Mário Albino, antevê resultados promissores para a sua agremiação nas eleições gerais agendadas para 9 de Outubro do ano em curso, tendo em conta o número cada vez mais crescente de novos membros e simpatizantes que aderem aquela formação política com sede na cidade de Nampula.
Recentemente, o AMUSI foi inscrito na Comissão Nacional de Eleições garantindo assim uma vaga para a disputa do mais importante escrutínio para a eleição do Presidente da República, deputados da Assembleia da República, governadores provinciais, bem como os membros das Assembleias Provinciais.
Trata-se da quinta vez que o AMUSI participa em processos eleitorais, em seis anos da sua existência, destacando-se as eleições intercalares de 2018 que tiveram lugar na cidade de Nampula, em consequência da morte por assassinato de Mahamudo Amurane, então edil da chamada capital do norte, eleições autárquicas de 15 de Outubro do mesmo ano, eleições gerais de 2019, bem como nas eleições autárquicas de 11 de Outubro de 2023.
Em todos esses pleitos, o AMUSI não conseguiu amealhar resultados eleitorais satisfatórios. No entender do líder do AMUSI, isso deveu-se, em parte, a falta de percepção dos objectivos da criação daquela colectividade, o que se mostra contrário nos dias actuais.
Mário Albino entende, por outro lado, que a desestabilização interna em alguns partidos, considerados gigantes na política moçambicana, é um dos pontos que motivam aos moçambicanos a darem razão e aderirem ao AMUSI.
Para o político, as próximas eleições poderão ditar a estreia do AMUSI na governação do país, começando pelo parlamento moçambicano. “O AMUSI desta vez vai em massa, porque nós encontramos aqueles que eram da Renamo e nos dão força a dizer que, olha, nós já percebemos o que a Renamo é, não tem objectivo de salvar este povo”, disse.
“Encontramos aqueles que já estão a abandonar a Frelimo, também não percebem o que está a acontecer, até vão mais longe dizendo como é que o partido Frelimo, mesmo sabendo que o hospital não tem medicamento, não temos estrada, promove uma reunião de uma semana a matabichar, jantar, só para escolher uma pessoa? Este partido já perdeu rumo. Será que aquele dinheiro que gastaram ali não dava para reabilitar estrada Rio Save – Inchope, onde as crianças passam a rasca, crianças chegam em casa doentes, onde os moçambicanos ficam desanimados em conhecer o seu país? E esse povo promete desta vez votar AMUSI”, acrescentou.
Segundo recordou Mário Albino, “o nosso partido é AMUSI visa a salvação integral dos moçambicanos. Os moçambicanos devem ser salvos, dentro do seu país, esse é o principal motivo. Eles serão salvos quando o AMUSI vai às eleições, um dia o povo vai perceber esta mensagem, porque hoje o povo é desviado da realidade, mas vai perceber que, afinal, quando votamos na Renamo e governa a Frelimo, estamos aonde? Quais são as intenções? Então, este país precisa de um processo de salvação integral e isso está dentro do AMUSI”.
AMUSI continua a exigir a sua inclusão nos grandes debates políticas do país
Mário Albino, líder do AMUSI, continua a lamentar pelo facto de sentir que o partido está sendo continuamente excluído do processo de construção do país, incluindo nos grandes debates políticos promovidos pelos órgãos de comunicação social em Moçambique, o que descreve como sendo um acto que mina a democracia multipartidária nacional.
“Isso nos afecta muito, porque há problemas de falta de separação de poder. Nós AMUSI, como partido de salvação temos recordado aos governantes que devem separar o partido, Estado e governo, isto ajudaria chegar a real informação ao cidadão, mas o que está acontecer é que vocês jornalistas podem ter a mensagem mas não se lançar sem que haja censura maior e esse processo de censura é porque eles não gostam de ouvir a verdade, querem que seja ouvida aquilo que é a vontade do patrão e isso cria um processo muito difícil na comunicação social”, entende Mário Albino.
“Se não formos nós a andar de pessoa para pessoa a divulgar nossas mensagens pode ser um pouco difícil porque, algumas rádios, televisões, nos seus programas de debate só falam Frelimo, Renamo e MDM, não existindo nenhum jornalista que vai se atrever a falar do AMUSI, mesmo em debates ao nível nacional, não hão – de ouvir a falar do AMUSI. Então, como é que o AMUSI não se fala se ele esta na quarta posição na política moçambicana? Depois da Frelimo, Renamo e MDM, é o AMUSI que é o líder da oposição extraparlamentar, isso ditado nas eleições de 2019, resultado que saiu das mesas, mas isso ninguém sabe falar do AMUSI, mesmos aqueles dos debates, então, é triste para nós. Por isso alertarmos a quem de direito para parar com esse processo de discriminação neste país porque é dos moçambicanos”, frisou o político. (Constantino Henriques)
