Nampula (IKWELI) – O partido Acção do Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI) vai concorrer em todas províncias moçambicanas nas próximas eleições gerais que terão lugar a 9 de Outubro do ano em curso, com objectivo de amealhar bons resultados eleitorais, contrariamente aos anteriores escrutínios.
Nesta quarta-feira (15) o Presidente do AMUSI, Mário Albino, anunciou a inscrição do partido junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE), um passo gigantesco para fazer parte das VI eleições gerais para eleição do Presidente da República, deputados da Assembleia da República, governadores provinciais, bem como os membros das Assembleias Provinciais.
“Hoje chamamos aqui os nossos colegas para testemunharem a inscrição do nosso partido. O partido AMUSI está inscrito para as eleições de 9 de Outubro de 2024. Temos aqui o livro protocolo da inscrição do partido, como sabem, a inscrição de um partido é um processo que deve ser constituído de toda documentação que legitima a sua existência. Portanto, aqui estão todos os elementos contidos neste livro reconhecido a sua inscrição através do carimbo da Comissão Nacional de eleições”, fez saber Mário Albino, Presidente do AMUSI.
“O partido vai concorrer em todo o país, neste documento de inscrição diz claramente onde o partido vai concorrer, que é todo o país. Neste momento temos os colegas a se mexerem em Maputo, em Xai-Xai. Eu parei em Inhambane, também, trabalhei um pouco. Portanto, o partido tem intenção de concorrer em todo o país”, disse o líder do AMUSI.
Mário Albino afirmou estar satisfeito com o nível de aceitação do partido ao nível nacional. Por outro lado, lamenta a persistente intimidação levada a cabo por outras agremiações políticas, contra os seus membros.
“A aceitação do partido AMUSI é maior em todo o país, só há problema de intimidação. Como sabem que se trata de partido que teve a sua criação no norte e eles sabem que este partido é originário naquilo que são vontades populares, do povo moçambicano, e eles têm medo deste partido crescer. Mesmo tive queixas em Xai-Xai quando passei para Inhambane, a dizer que um secretário tentou inviabilizar a reunião do AMUSI só que os próprios vizinhos que não estavam na reunião começaram a perguntar ao secretário se não tinha vergonha com o que estava a fazer”, disse o político.
“Então, significa que as pessoas querem o partido AMUSI, mas este triângulo de partidos, como vocês sabem, estes não estão com o plano do povo, só estão com plano do triângulo partidários e esses se unem para combater o partido AMUSI por causa da sua seriedade, por causa do seu programa de salvação deste país”, entende Mário Albino.
“Ainda me sinto jovem” para concorrer a Presidente da República
Mário Albino, Presidente do AMUSI não descarta a possibilidade de voltar a ser candidato daquele partido à presidência da República, repetido o feito das eleições de 2019.
Neste momento, segundo ele, decorre o processo de reconhecimento dos proponentes que vão suportar o candidato a presidente da colectividade.
“Como nós estávamos aqui a lembrar os dirigentes da base, as conferências estão a acontecer a esse nível nós acreditamos que dentro de pouco tempo, senão uma semana e meia, nós vamos apresentar as candidaturas e respetivos candidatos. Para dizer que, em democracia nós todos que estamos aqui somos candidatos, mas ainda não estamos definidos e o partido através das conferências vai definir a posição de cada um nessa senda de candidaturas as eleições gerais”, começou por dizer quando questionado sobre os candidatos do partido para o escrutínio de 9 de Outubro.
Por outro lado, respondendo a uma questão de insistência se seria ele o candidato presidencial do AMUSI, Mário Albino disse que, “é essa massa associativa que manda a mim, manda qualquer quadro do partido e quando o partido manda, nós cumprimos. Então, a nossa obrigação é cumprir com aquilo que é as recomendações do partido e nós juramos por isso. Em termos de fisionomia eu ainda me sinto jovem, como estás a ver. Eu estou apto a fazer o que o partido manda”.
Número de proponentes não é preocupação para AMUSI
Mário Albino disse que qualquer candidato do seu partido a Presidente da República terá o suporte dos membros daquela agremiação política. Para aquele líder o número de proponentes estabelecido pela lei é fácil de ser alcançado, não constituindo assim preocupação para o efeito.
“O processo de candidaturas às presidenciais está a decorrer muito bem. Como sabem, nós temos massa acima do suficiente. Até porque sentimos que o Conselho Constitucional estabeleceu uma meta muito pequena, para falar de 10.000 ou 12.000, este número é muito pequeno. Nas eleições de 20219 pediram 10.000 e nós levamos para lá 19.000 proponentes. Significa que neste momento Maputo está a fazer reconhecimento e os distritos estão a fazer reconhecimento, os colegas aqui também. Significa que nós temos um montão de proponentes para a candidatura das presidenciais”, enfatizou Mário Albino.
“Então, não é preocupação para nós. A nossa preocupação é apelarmos, de facto, aquela postura que o Conselho Constitucional sempre foi, de ser imparcial e optar pela justiça e brevemente nós vamos apresentar a candidatura presidencial”, disse o timoneiro do AMUSI. (Constantino Henriques)