Maputo (IKWELI – O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano considera que o Programa de Alimentação Escolar (PRONAE) apresenta grandes desafios, como o caso da falta de sustentabilidade devido a forte dependência do financiamento externo, o que significa que uma vez interrompido o apoio, põe-se em risco as possibilidades da sua continuação, contudo não descarta os benefícios que tem no processo de ensino e aprendizagem.
O MINEDH, através do Chefe de Departamento de Nutrição e Alimentação, António Chioze, que falava em Maputo, numa Mesa Redonda sob o lema “O Papel das Empresas Privadas na promoção da alimentação escolar em Moçambique”, sugere que a alimentação escolar seja financiada pelo governo moçambicano, em consonância com o quadro político legal, e o sector privado, de modo a alcançar sinergias e maximizar o impacto das acções.
Chioze defendeu que é importante que a alimentação escolar seja implementada a partir de Leis e Regulamentos que contribuam para sua legalidade e sustentabilidade a longo prazo. “O Ministério da Educação, com o apoio de parceiros, está a finalizar a elaboração da Estratégia Nacional da Alimentação Escolar e pretende garantir a sua aprovação para posterior divulgação e a médio prazo trabalhar na elaboração da lei específica da alimentação escolar”, disse, considerando o fórum um momento oportuno para contribuições valiosas que possam enriquecer o documento em finalização.
Por seu turno, o presidente da Câmara de Comercio, Álvaro Massingue, aponta que um maior envolvimento do sector privado no programa de alimentação escolar pode contribuir com maior eficiência no melhor aproveitamento do sistema de produção, distribuição e gestão de alimentos, assegurando que os recursos que são utilizados estejam em forma. “O sector privado pode contribuir e trazer soluções inovadoras nos programas de alimentação escolar através de introdução de novas tecnologias, práticas nutricionais para a melhoria da qualidade dos alimentos para os nossos alunos”, defendeu.
Massingue garantiu accionar a rede de parceiros do sector privado para cada vez mais, envolverem-se nesta actividade. (Antónia Mazive)