Nampula (IKWELI) – O director dos Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social (SDMAS) de Moma, Januário Armando, diz que alguns poços tradicionais e outras fontes comunitárias de abastecimento de água encontram-se contaminados.
E esta situação faz com que a água não seja suficiente para os pouco mais dos 300 mil habitantes que vivem naquele distrito a sul da província de Nampula
“A falta de água potável é um problema visível e preocupante, tanto que nós testamos algumas fontes nestes bairros afectados pela falta de água, e também pela cólera, cerca de 36 fontes de água, poços tradicionais e fontes comunitárias onde notamos algumas contaminações de águas consumidas”, disse esta fonte que assegura que para evitar o pior, o governo tem estado a oferecer o tratamento do precioso líquido.
Januário relatou, ainda, que mesmo com os esforços redobrados para colocar um fim à situação, uma vez que a maior parte da população naquele local consume água impropria.
“Nas nossas comunidades, a cobertura de água ainda está abaixo daquilo que são as necessidades”.
Os moradores da vila de Moma, sede do distrito, contam que passam por maus bocados para terem acesso à água própria para o consumo humano.
“Estamos há tempos convivendo com este tipo de situações. A falta de fornecimento de água é uma realidade nesta vila, até porque de uns tempos para cá vem melhorando, temos algumas fontenárias em alguns bairros, que nos ajudam bastante”, comenta o morador Abacar Ossufo.
Manuela Estêvão, também, moradora da vila de Moma, conta que, muitas famílias vêm-se obrigadas a abrir poços caseiros de forma a escapar o consumo da água dos rios.
“Nós precisamos de água que seja de qualidade, água potável, distribuído em todos bairros, mas acontece que tem vários bairros sem água potável, a distribuição da água potável é pouca, são poucas casas com acesso a água potável, maior parte da população vive de poços caseiros”, narra a morada Maria, que não esconde a sua preocupação com a situação. (Ruth Lemax *Foto: Ilustrativa)