Nampula (IKWELI) – As doenças de origem hídrica, as diarreias bem como destacadamente a malária, continuam sendo a maior preocupação do governo do distrito de Moma, a sul da província de Nampula.
O director dos Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social (SDSMAS) de Moma, Januário Armando, disse que durante o primeiro trimestre do corrente ano aquele ponto de Nampula registou a ocorrência de mais de 40 mil casos de malária, contra 33 mil do igual período do ano passado, o que representa uma evolução na ordem dos 19%.
O responsável refere que a consciência das comunidades em procurar serviços de saúde tende a melhorar, por isso “é de louvar, porque a população está atenta a qualquer suspeita de malária, caso alguém tenha febres é levado imediatamente ao centro de saúde onde recebe cuidados e tratamentos”.
“Também, temos vindo a registar casos de diarreias, principalmente nesta época chuvosa”, disse a nossa fonte, que prossegue referindo que “um aspecto, não comum, é que notificamos, no mês passado, um caso de cólera no distrito, e desde então passaram um pouco mais de 88 casos nas nossas sanitárias, foram tratados e sem casos de óbitos”.
Uma outra doença que preocupa o SDSMAS de Moma é o HIV, pois naquela circunscrição “é um dos problemas que atormenta a nossa comunidade” e “durante este trimestre [primeiro trimestre de 2024] podemos partilhar um registo de 1161 casos, contra 1591 do igual período do ano passado, há uma redução em 27% de casos diagnosticados”.
O director Armando entende que um outro desafio que o distrito enfrenta tem a ver com a insuficiência de unidades sanitárias, pois para o universo de mais de 300 mil habitantes, Moma conta apenas com 11 centros de saúde, obrigando a população a percorrer longas distâncias para terem acesso a cuidados médicos. (Ruth Lemax)