Na era Vahanle, mais de 7 milhões de meticais eram pagos a funcionários fantasmas

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Paulo Vahanle queixa-se da autuaao da malta do MDM

Nampula (IKWELI) – O Conselho Municipal da Cidade de Nampula despendia, até no passado, mais de sete milhões de meticais (7.000.000,00Mt) mensais para pagar um universo de 489 funcionários fantasmas, obrigando assim um peso desnecessário a folha de salários naquela considerada cidade capital do norte, para além de retardar a realização de actividades úteis para a vida dos munícipes.

Para além desse número, mais de mil (1000) funcionários trabalhavam para o município da cidade de Nampula sem contratos visados pelo Tribunal Administrativo, o que remetia os mesmos a trabalharem numa condição de irregularidade.

A rede foi desmantelada pela actual edilidade que, após tomar posse, avançou com um trabalho de actualização dos recursos humanos existentes em diferentes sectores, a chamada prova de vida, onde se constatou tais irregularidades.

Na sequência da mesma actividade, registou-se a demora no pagamento de salários aos funcionários no ano em curso, sendo que só na última terça-feira (23) é que os valores começaram a pingar nas constas, apenas dos funcionários na condição de regular, incluindo os Membros da Assembleia Municipal.

Com a neutralização da suposta rede criminosa, a folha de salário no Conselho Municipal de Nampula registou uma certa leveza, ao sair de vinte e cinco milhões de meticais (25.000.000,00Mt) para dezoito milhões de meticais (18.000.000,00Mt) mensal, nos primeiros três meses do ano em curso.

A informação foi oficialmente tornada pública nesta quarta-feira (24) no decurso da 1ª sessão ordinária da Assembleia Municipal da Cidade de Nampula.

“Nós quando assumimos o Conselho Municipal da Cidade de Nampula deparamos com muitos problemas de trabalho com os nossos trabalhadores. O que fizemos é que fizemos uma espécie de mapeamento dos funcionários, chamamos todos funcionários para que viessem se registar para que a gente pudesse conhecer para que sector estavam trabalhando no Conselho Municipal”, introduziu Luís Giquira, Presidente do Conselho Municipal de Nampula.

“Infelizmente, tivemos uma situação de que 489 funcionários que não apareceram até hoje, não sei se vão aparecer amanhã. Para nós, acreditamos que são fantasmas e que não deviam estar nas nossas folhas de salário e estamos também a tentar mapear onde é que estão esses funcionários”, prosseguiu o timoneiro da cidade de Nampula.

“Apanhamos também uma situação de mais de 1000 funcionários que têm contratos caducos, contratos fora do prazo e contratos sem visto do Tribunal Administrativo. É sobre esses funcionários que estamos a planear, em princípio no sábado termos uma Assembleia Geral com todos os funcionários do Conselho Municipal e iremos explicar caso a caso, para ver se a gente consegue encontrar em conjunto uma decisão em relação a esses casos”, disse Giquira.

Segundo acrescentou o autarca, “nós quando chegamos apanhamos uma folha de salário na ordem dos 25 milhões de meticais, agora com este trabalho que estamos a fazer, pelo menos estamos a rondar os 18 milhões de meticais. Quer dizer, houve uma redução na ordem 7 milhões de meticais, em relação o nível salarial, e vamos continuar a trabalhar com os nossos funcionários para vermos como podemos melhorar a nossa situação de trabalho”, precisou. (Constantino Henriques)

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