Família luta por diagnóstico de uma doença que dificulta a convivência de um menor de 7 anos em Memba

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Nampula (IKWELI) – Uma família residente no distrito de Memba, a norte da província de Nampula, clama por apoio e acompanhamento médico para obter o diagnóstico de uma doença que afecta um menor de apenas sete anos de idade.

Trata-se de Abu Momade que, há sensivelmente seis meses, assistiu o seu corpo e uma parte do rosto a transformar-se, ou seja, um inchaço na região do abdómen e bochechas.

Na altura, Abu encontrava-se a frequentar a 2ª classe em uma das escolas no distrito de Memba. Inicialmente seus pais acreditavam que fosse um desenvolvimento normal do corpo (engordar), no entanto, os meses foram passando e a situação tornava-se cada vez mais preocupante.

Por isso, decidiram encaminhar o pequeno ao centro de saúde de Côvo Gêr-Gêr, por forma a solucionar o caso, mas sem sucesso.

“Fomos ao centro de saúde de Gêr-Gêr medicaram-lhe e, no entanto, tivemos que voltar e deram-me uma receita para ir ao hospital de Nacala-à-velha, onde foi feito uns exames e recomendaram-nos a regressar ao centro de Gêr-Gêr”.

Entre idas e vindas pelos hospitais, exames sem resposta, o tio do menino Abu viu-se numa situação de desespero, porque apenas são administrados medicamentos no pequeno sem um diagnóstico claro do que realmente se passa.

“Deram-nos transferência para Nacala-à-Velha, mas nada acontecia, pois, a situação só piorava cada vez mais e a barriga e as bochechas só aumentavam de tamanho, foi quando deram-nos guia de transferência para o Hospital Central de Nampula”.

O menino Abu deu entrada no HCN no dia 3 de março do corrente ano e no dia 21 do mesmo mês recebeu a guia de alta, isso porque parecia que a situação já estava a ter resultados satisfatórios, no entanto, “nós perguntamos se ele podia comer tudo e disseram que sim. Voltamos para o distrito e disseram-nos que devíamos regressar um mês depois para fazer controlo, mas acontece que poucos dias depois a doença voltou, a barriga voltou a inchar, assim como as bochechas, mas desta vez é pior. Nós como familiares ficamos tristes porque o hospital não nos diz o que ele tem”.

Uma criança antes vista como “brincalhona” com interesse pelos estudos, hoje limita-se a assistir o desenvolvimento normal de outros meninos da mesma faixa etária.

“Ele até tem aquela vontade de brincar, mas não consegue por causa do peso da barriga, infelizmente já não pode ir à escola e isso o entristece. Para nós é lamentável ver o nosso filho nessa situação, uma criança com poucos anos e com vontade de ir a escola, mas, infelizmente, não pode brincar como deve ser”.

Neste momento, Domingos Momade clama por apoio, pois a família encontra-se numa situação de desespero por não dispor de meios financeiros para encaminhar o menino ao hospital.

“Pedimos apoio, estamos sem fundos, andamos esse tempo todo a andar de um lado para outro e gastamos todas as nossas economias. Ficar em casa só a olhar para a criança não é solução, e mesmo no hospital pedimos que haja mais abertura no sentido de sabermos o que a nossa criança tem, porque os médicos só falam entre si”, pede este pai desesperado. (Ângela da Fonseca)

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