Para evitar próximas inundações na Ilha de Moçambique: Edilidade garante construção de valas de drenagem

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Ilha de Moçambique (IKWELI) – A cidade da Ilha de Moçambique, primeira capital moçambicana, ficou inundada na semana passada devido a chuva ininterrupta que se registou entre a noite de quarta-feira (10) até ao meio dia da última quinta-feira (11), tendo afectado todas actividades, tanto do sector público, assim como privado, para além de provocar medo e desespero por parte dos residentes locais.

Segundo garantias das autoridades governamentais locais, as cheias urbanas não provocaram danos humanos, mas avançam a destruição de duas habitações, bem como imensuráveis quantidades de géneros alimentícios dos residentes locais.

Neste momento, conforme Momade Ali, Presidente do Conselho Autárquico da Ilha de Moçambique, a situação está normalizada, traduzida com a retoma das actividades nos sectores públicos e privado, e a vida normal das populações.

“Neste momento posso lhe garantir que a situação está normalizada, está tranquila. Todas as actividades, quer dos munícipes, quer das instituições estão a decorrer normalmente. De facto, tivemos aquela chuva, que caiu toda a noite, começou por volta das 22horas e só terminou o dia seguinte às 11 horas”, referiu Ali, autarca da Ilha de Moçambique.

Os problemas de assentamentos aliado a falta de valas de drenagens ao nível da primeira capital de Moçambique tem propiciado a ocorrência de inundações, naquela histórica cidade de Moçambique e do mundo.

“Pelas condições de localização geográfica, o perfil das casas, dos bairros, também dos assentamentos que nós temos, as obras onde foram feitas, normalmente quando há uma chuva nós temos aquele tipo de cenário, portanto, basta chover. Então, como temos défice aqui na parte insular, sobretudo de valas de drenagem, nós contamos com uma bomba e é manual. Portanto a água encheu quase todas as casas de todos os bairros, sobretudo na zona do Macuti, estava tudo alagado”, continuou Momade Ali, para quem “depois era preciso pôr a funcionar para as águas começarem a fluir. Fomos ao terreno, as equipas continuam neste momento no terreno, porque depois deste cenário termos que monitorar a questão de água para o consumo humano. Agora temos a saúde, o sector das infraestruturas e assuntos sociais para de casa em casa, de bairro em bairro, irem sensibilizando as comunidades em relação aquilo que são as medidas de prevenção de doenças hídricas”.

Para evitar que situação similar volte a acontecer naquela cidade turística, Momade Ali disse ser prioridade do seu governo, a construção de valas de drenagens que permitirão o rápido escoamento de água em tempos de chuva, uma atividade que poderá arrancar brevemente.

“Eu penso que é possível evitarmos casos futuros, e há todas as condições criadas nesse sentido. As pessoas falam mais de recursos financeiros, mas nós não estamos nessa linha de recursos financeiros, porque a capacidade de captação de receitas que nós temos localmente já dá para investirmos em obras, por exemplo valas de drenagens, equipamentos, estamos já a transitar de equipamento analógico para digital, como disse, a nossa bomba, por exemplo é manual e em colaboração com Águas da Região Norte foi-nos sugerido que é possível encontrar bombas automáticas que quando chega num nível de água é possível começar a bombear automaticamente”, continuou a fonte.

“A solução que achamos que é estruturante tem a ver, mesmo, com as valas de drenagem. As intervenções que foram feitas na Ilha não previram as valas de drenagem, não previram as áreas onde as águas podiam alivar os espaços por si só. É o que vamos fazer agora. Nós nos comprometemos que, independentemente dos apoios adicionais que formos a ter, em relação aos recursos que nós colectamos localmente temos que começar imediatamente a fazer algumas coisas que é para aliviar as pessoas, porque é um sofrimento. Imagine, está a chover as casas ficam alagadas, as famílias perdem seus bens até alimentos, não podem dormir de forma condigna, isso também cria um certo constrangimento. Então decidimos imediatamente não esperarmos que venham danos maiores e começarmos a agir”, reafirmou o governante.

“É nossa prioridade neste momento, não podemos fazer outra coisa senão resolvermos um problema concreto. Temos que evitar danos humanos, sobretudo.  Agora não tivemos danos humanos, graças a Deus, mas ser for uma situação crítica, para além dos danos materiais, das casas desabarem podemos ter danos humanos, então, queremos evitar isso. Não há outra prioridade neste momento que não seja a solução em relação as valas de drenagem na zona insular e irmos também falando com as pessoas que estão com obras em zonas de assentamento informal, não apropriadas para habitação e encontrarmos alternativas para essas pessoas”, apontou. (Constantino Henriques)

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