Namicopo: Há violações sexuais de bradar os céus

  • Idoso surdo e mudo, curandeiro e cunhado na dianteira da violação sexual de menores

Nampula (IKWELI) – Os relatos de ocorrência de actos de violação sexual contra menores nos bairros de Nampula, nos arredores da cidade de Nampula, tendem a ganhar forma drástica, sendo frequentes e envolvendo figuras próximas as vítimas.

Os casos mais recentes têm como protagonistas um idoso de 60 anos de idade, surdo e mudo, e um jovem de 30 anos de idade.

Em relação ao primeiro caso, o idoso violou várias meninas, mas apenas foi descoberto no dia 31 de março findo.

Nossas fontes próximas ao caso afirmam que este predador enganava as suas vítimas com tecidos de roupa, as quais utilizava no seu atelier.

A dona Margarida Alfredo, de 25 anos de idade, contou ao Ikweli que “não é a primeira vez quer esse senhor engana as crianças para violar, muitas das vezes engana meninas, por causa do trabalho que ele faz, pior se ser uma jovem que vai na casa dele para coser a roupa dela e ser cobrado um valor que não vai puder conseguir, única alternativa que ele dá, é de dormir com a cliente. Essa situação nos preocupa muito porque assim acaba violando todas crianças no bairro, mesmo a gente levar ele para a esquadra, não fazem nada, vão lhe deixar só por saberem que ele é idoso e deficiente ao mesmo tempo”.

Esta fonte disse que a sua filha, de 12 anos de idade, foi violada por este idoso, no mês de fevereiro. “Tinha entregue vestido a minha filha para coser, culminou sofrendo violação. Só fui descobrir quando ela andava com dificuldade e nos primeiros dias a menor não explicou a causa, mas insisti, daí revelou que foi violada pelo mestre. A minha filha tem 12 anos de idade. Dantes pensava que tinha começado o ciclo menstrual dela, mas depois de investigar a fundo, ela foi me contar que tinha dormido com o mestre onde tinha levado o meu vestido, o valor já tinha devolvido, pude perceber que a minha filha pagou a mão-de-obra com o seu corpo”.

Quem lamenta o comportamento do idoso é a senhora Deolinda Cabral, que exige justiça para que mais crianças não caiam nas mãos do idoso. “Ele tinha que se esforçar no seu trabalho, no sentido de chamar mais clientes, mas não é isso que acontece, sempre tem que chegar mães na casa dele a lamentar o mesmo assunto”.

Clara Moisés Augusto conta que no mês de dezembro, o mesmo predador teria violado sexualmente outras 5 crianças, de idades compreendidas entre os 10 e os 12 anos.

“Esse senhor não é pela primeira vez que faz esse tipo de crime, no mês de Dezembro do ano passado, como era o mês de muita agitação e muitas crianças estavam preocupadas com o vestuário, esse senhor sem receio foi capaz de violar crianças, enganando com roupa, tentamos levar ao posto policial do aeroporto, mas não foi possível lhe prenderem, alegando que não teriam como comprovar uma vez que ele não fala e não ouve. Uma dessas meninas violada é minha filha de 12 anos de idade, depois do acto tinha que ir para o Centro de Saúde de Namicopo, porque já não estava a aguentar mais, porque as dores eram de mais”, narra a dona Clara.

“Esse senhor tinha que sair desse bairro, porque está a prejudicar psicologicamente as crianças, elas já ficam com medo de passar naquela via, só porque tem medo de serem violadas sexualmente”, comenta a senhora Marta João.

O Ikweli foi a residência do idoso, mas a comunicação não foi possível, em virtude de o mesmo ser pouco proficiente na língua de sinais.

E o segundo caso, o indiciado é um jovem de 30 anos de idade, que violou sexualmente a sua cunhada de 15 anos de idade, na unidade comunal Muchinha, no sábado passado, 30 de março.

Ao Ikweli, a vítima, contou que o seu cunhado a teria abordado durante a  madrugada, quando a irmã dormia, sob ameaças de morte caso negasse ou gritasse por socorro.

“Meu cunhado entrou no meu quarto sem roupa, minha irmã estava a dormir, quando chega acende a luz e me acorda, dai me pediu que não tinha que gritar, ameaçando que se eu gritasse iria acordar a minha irmã,  e depois poderia matar-me e a toda a minha família, fiquei com medo acabei fazendo amor com o meu cunhado”, conta a vítima.

A mesma conta que depois do acto sexual, o seu cunhado prometeu comprar-lhe capulana para festejar com as suas amigas o dia 7 de Abril, mas, não devia contar nada a ninguém. “Quando terminamos de fazer a relação, o meu cunhado me disse que eu não tinha que contar para ninguém, da minha família, assim como amigas, só assim poderia comprar capulana para eu poder usar no dia 7 de Abril”.

A irmã da vítima diz que achou estranho o comportamento da sua irmã, porque a  mesma nunca tinha dormido até tarde. “Para eu descobrir isso, entrei no quarto da minha irmã porque achei muito estranho ver minha irmã a dormir até tão tarde.  Entrei mo quarto dela para ver se estava a sentir-se mal, aí deparei-me com sangue nos lençóis dela, achei que fosse ciclo menstrual, quando acordo ela, estava muito fraca, quando investiguei ela conta que o meu marido de noite a violou”.

“Não está ser nada fácil para mim acreditar que ele foi capaz de fazer isso, mas acabei acreditando depois de o meu marido desaparecer de casa, porque ele nunca tinha saído de casa muito cedo e sempre que sai, despede, mas hoje não foi possível”, conta a irmã da vítima.

A mãe da vítima está inconsolável com o comportamento do genro. “Não sabia realmente o que aconteceu com a minha filha, soube graças a minha filha mais velha, como vivem juntas, ela só ligou-me ontem a chorar que a sua irmã estava num estado muito grave, chego aqui encontro minha filha a sangrar no interior dela, mas ela não queria contar, aceitou contar depois de eu ter-lhe ameaçado de expulsar de casa e disse que o meu genro entrou no quarto dela e a ameaçou de matar, caso não mantivesse relações sexuais”.

A mãe da vítima clama por justiça, pois “para mim não quero muita coisa a não ser justiça, porque não é possível meu genro dormir com as duas minhas filhas na mesma casa, isso não admito”. (Virgínia Emília)

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