Maputo (IKWELI) – A Associação dos Profissionais de Saúde, Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) decidiu por suspender a greve que tinha sido marcada por tempo indeterminado, cujo início estava previsto para o dia 28 de março, em resultado das negociações em curso com o governo.
Num encontro que durou até a meia noite do dia 26 do mês em curso, ficou aprovado e documentado que dentre várias preocupações, o governo irá se responsabilizar na aquisição de 150 ambulâncias que deverão ser alocadas para todo o país, incremento na compra e importação de medicamentos e artigos médicos.
De acordo com o presidente da agremiação, Anselmo Muchave, a suspensão é decorrente da reactivação do diálogo com o governo, onde “ficou claro que devido as limitações orçamentais”, pois “inicialmente o reenquadramento na Tabela Salarial Única (TSU) abrangia apenas os funcionários de regime especial e no diálogo estabelecido nesta quarta-feira (27 de março) entre o governo e os profissionais de saúde ficou clara a intenção do governo de Moçambique em ultrapassar algumas preocupações”.
Por outro lado, a fonte disse que a adesão dos profissionais de saúde ao diálogo foi movida pela pronta intervenção do Presidente da República, Filipe Nyusi.
“O que nos preocupa saber do governo é quando é que será melhorada a questão de medicamentos em algumas unidades hospitalares, uniforme de trabalho, subsídios e reenquadramento aos funcionários de regime geral. Vimos na mesa do diálogo, documentos concretos de implementação e execução das preocupações levantadas, sendo assim, nós decidimos suspender a nossa greve por 30 dias, enquanto mantém o diálogo”, disse.
De acordo com a fonte, o governo assumiu que no prazo de 30 dias irá pagar as horas extras e turnos referentes aos anos de 2022 e 2023 aos cerca de cinco mil funcionários que não tinham sido pagos.
Mas também, durante o encontro foram debatidos pontos como mudanças de carreira, redução dos descontos imputados ao funcionário estudante a tempo inteiro e parcial bem como o apetrechamento de blocos operatórios.
Por forma a garantir a sua efectivação, a APSUSM garante que irá monitorar o desenrolar do que foi assumido pelo governo. (Ângela da Fonseca e Antónia Mazive)