Nampula (IKWELI) – A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique(APSUSM) anunciou, nesta segunda-feira (25), o regresso à greve nacional dos profissionais de saúde e acusa o Governo de incumprimento dos acordos alcançados após a suspensão de uma primeira paralisação em agosto de 2023.
Em entrevista ao Ikweli, o presidente da agremiação, Anselmo Muchave, afirmou que a retoma da grave terá o seu início na próxima quinta-feira, 28 de março, por um tempo indeterminado, sendo que os serviços mínimos serão assegurados pela classe destes profissionais.
Segundo Muchave, dos vários problemas arrolados destaca-se os atrasos nos prazos das reclamações constantes no caderno reivindicativo, uma vez que o governo garantiu que iria cumprir com algumas cláusulas como o apetrechamento dos blocos operatórios, medicamentos em falta nas unidades sanitárias, materiais cirúrgicos, problemas relacionados com enquadramento, pagamento de horas extras, entre outros.
“Mesmo agora falamos de uma simples Tetraciclina numa época da conjuntivite e as unidades sanitárias não tem, o que faz com que o povo ressinta-se da falta desse medicamentos, estamos a falar da disponibilidade de material cirúrgico como o próprio gesso, a vários meses que as unidades sanitárias não têm esse material, mas os prazos não foram cumpridos”, explicou.
Muchave quer que os profissionais de saúde continuem firmes na luta pelos seus direitos, bem como na defesa da saúde para a população moçambicana.
Para o efeito, o presidente da associação apela ao governo para que “cumpra com o dialogado naquilo que esta no caderno reivindicativo relacionado aos prazos”, apelou.
Vale sublinhar que a associação que abrange cerca 71.000 profissionais, esteve em greve entre os meses de agosto e novembro de 2023, por melhores condições de trabalho no sector público. (Ângela da Fonseca)