10 Jovens burlados quando tentavam aceder ao emprego em Nampula

0
446

Nampula (IKWELI) – Um suposto empresário, conhecido pelo nome único de Rosário, fez-se a zona da Barragem, nos arredores da cidade de Nampula, no passado mês de fevereiro, alegando dispor de 20 vagas de emprego e para o acesso as mesmas, exigiu que os interessados pagassem 500,00Mt (quinhentos meticais) cada.

Segundo denúncia chegada ao Ikweli, o suposto empresário alegou ser proprietário de uma empresa de construção civil e que no processo da colecta dos valores, apenas, 10 jovens conseguiram satisfazer a exigência monetária.

Gerson Abel, de 30 anos, foi uma das vítimas do suposto empresário, a quem diz ter entregue 800,00Mt (oitocentos meticais) para garantir a vaga. Ele diz que “ouvi com alguns amigos que um empresário veio nesta zona alegando querer abrir uma empresa nesta zona, e para tal cobrou a todos os jovens interessados o valor de quinhentos meticais, que segundo ele o valor serviria para inscrição e vagas para todos que tirassem o valor a tempo determinado”.

“Eu, também, ouvi dizer com amigos, como sou jovem desempregado pedi uma tia o valor para dar ao empresário que depois da recolha do valor sumiu. Para nós não desconfiar do indivíduo, ele estava bem-apresentado com terno, uma viatura bonita. Pela fala e aparência me pareceu confiável, ele levou nossos documentos, nos apresentou um terreno onde supostamente seria construída a empresa, mostrou também falsos documentos de venda daquele lugar. Nós ficamos felizes porque queremos tanto ter um emprego, mas foi tudo mentira, depois da saída dele não o vimos voltar”, conta Jair Rosário, uma das vítimas.

Jardel, outro morador da zona da Barragem no bairro de Napipine, também, entregou ao suposto empresário os seus 500,00Mt e narra que “o empresário deixou um número de telefone depois da recolha do valor, mas o mesmo número não chama. Quando veio à esta zona deixou dois números de redes diferentes que nós comunicávamos com ele, mas depois da recolha do valor ele sumiu e seus contactos não chamam, tentamos várias vezes ligar-lhe, mas os contactos não chamavam”.

“O mesmo empresário pediu que o levássemos as nossas casas, e como era uma época que tinha um pouco de amendoim houve famílias que tiraram alguns produtos alimentares para o dar, não foi apenas amendoim, mas, também deram mandioca seca e feijão”, comenta Mateus Jonas, vítima de 28 anos.

Com 19 anos de idade, Elísio Ambias tinha esperança que tivesse o seu primeiro emprego, mas não desconfiou que estivesse a cair numa armadilha de um burlador. “Depois da proposta que o empresário deu para nós jovens, cada um ficou preocupado onde que iria encontrar aquele valor. Eu contrai dívida, contando que com o valor de salário iria pagar, coisa que não consegui. Pedi emprestado o valor ao meu cunhado”.

O jovem Hélder, na esperança de se ver empregado, já tinha traçado alguns planos. “Tinha feito planos que não tenho como realizar por conta desta burla, sou jovem desempregado e vivo da agricultura que praticamos aqui, e quando ouvi sobre uma vaga de emprego fiquei muito feliz, porque além da agricultura, minha família e eu teríamos uma nova fonte de renda”, concluiu. (Ruth Lemax)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui