Mesmo sem ringue: Pugilistas de Nampula conseguem o 3º lugar no Nacional de Boxe

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Quelimane (IKWELI) – Terminou no último sábado (2) o campeonato nacional de boxe que esteve a decorrer na cidade de Quelimane, e o Ferroviário de Nampula, por sinal a única colectividade da mais populosa província que participou naquele evento, conseguiu o terceiro lugar.

A meta inicial dos atletas e equipa técnica era conquistar maior número de medalhas de ouro que lhes permitissem conquistar o título nacional da prova, repetindo assim o feito conseguido na edição de 2020 na cidade da Beira.

Para António Álvaro, capitão do Ferroviário de Nampula, o seu grupo não conseguiu revalidar o título de campeão nacional devido a vários factores, um deles o maior nível competitivo apresentado pelos atletas adversários.

Em causa disso, segundo argumentou, é a fraca movimentação da modalidade de boxe na província de Nampula, fazendo com que os atletas tenham pouca rodagem.  Alia-se a isso, a falta de ringue que permita a realização condigna do pugilismo nesta circunscrição geográfica moçambicana.

Para conseguir o pódio, o Ferroviário de Nampula amealhou 10 medalhas das quais duas de ouro, quatro de prata e as restantes de bronze. Ao avaliar pelas situações desvantajosas que o boxe de Nampula está mergulhado, António Álvaro descreve como sendo positiva a participação da equipa naquele evento desportivo.

“Tivemos uma boa prestação, mas, infelizmente, não conseguimos aquilo que era um dos nossos principais objectivos, mas um deles conseguimos. Queríamos revalidar o título, senão conseguirmos revalidar o título, e foi isso que nós conseguimos, atingimos o pódio, conseguimos ocupar o terceiro lugar num campeonato que foi difícil, mas muito renhidos”, começou por explicar exclusivamente ao Ikweli, António Álvaro.

“Infelizmente, não conseguimos atingir o nosso maior objectivo, mas atingimos um deles. Tivemos uma boa prestação, estamos orgulhosos, aconteça o que acontecer, eu sei que esta equipa é do futuro, é uma equipa de jovens, são miúdos que estão a escrever sua história, nesta modalidade de boxe. É uma equipa de muitos miúdos que em pouco tempo teve um título de campeão nacional e, agora o terceiro lugar, por isso estamos de parabéns, está de parabéns o clube Ferroviário de Nampula, está de parabéns ao mister Matsinhe, a direcção do clube”, prosseguiu o pugilista.

“Esperamos que recebam esta equipa com muito carinho, que acarinhem estes miúdos que deram tudo de si neste campeonato que muito foi difícil, como eu disse. O resto vamos nos preparar para os próximos combates, vamo-nos preparar para os próximos torneios, desde que tenhamos motivação, porque estivemos no campeonato nacional em igualdade com outros atletas, notou-se uma diferença, nos faltou rodagem, nos faltou jogos nos braços porque tivemos poucos jogos, uma das razões que nos fez ser uma equipa demolidor porque o bom boxe é aquele que nós praticamos, temos bom boxe e recebemos elogios de quase todas as equipas, o público. Foi algo incrível e ficou para história. Ocupamos em terceiro lugar, não deu para revalidar o título, mas voltamos com 10 medalhas, é algo histórico a nível de boxe na província de Nampula, é algo histórico para o Clube Ferroviário de Nampula, e voltamos com a taca de terceiro lugar, mais uma vez é uma história que nós fizemos para o clube Ferroviário de Nampula. Aliás, o Clube Ferroviário de Nampula fez história com estes miúdos que treinam como treinam, tem as condições que tem, mas estão a dar de tudo para engradecer o clube e a província de Nampula”, sublinhou o atleta.  (Constantino Henriques)

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