Nampula (IKWELI) – A delegada do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), em Nampula, Anacleta Botão, garantiu ao fim da tarde desta sexta-feira (23) que a instituição que dirige já começou a prover assistência humanitária aos novos deslocados pelo terrorismo que chegaram a vila de Namapa, distrito de Eráti, oriundos de Chiúre, na vizinha província de Cabo Delgado.
“Estamos a fazer assistência em 3 pontos”, disse a fonte, explicando que tal assistência é através de “uma ração para 3 dias, tendo em conta que teremos a cobertura por parte dos parceiros. Esperamos amanha uma equipa que entre para fazer a cobertura em termos de assistência alimentar e em higiene e saneamento”.
Segundo Botão, o INGD em Nampula está a prover, neste momento, assistência à “19.500 pessoas que são parte do primeiro registo. A medida que vamos fazendo o registo vamos garantindo a assistência”.
Os kits em distribuição são compostos por arroz, feijão, óleo de cozinha e sal.
Anacleta Botão contextualizou que “nós como INGD, assim que tomamos conhecimento viemos prestar assistência. Primeiro começou a fase de registo, para nós sabermos quantas pessoas o distrito está a receber. Finalizado o registo no primeiro e segundo dia, foi possível fazer a mobilização dentro do governo e junto aos parceiros e assim estamos aqui e demos início a essa assistência”.
“Os parceiros estão mobilizados, estão sensibilizados e estão a se preparar, também, para entrar no terreno e fazer a cobertura em termos de assistência”, afirmou esta fonte.
Por outro lado, Botão reconhece que “estamos ainda na fase inicial, precisamos ainda de cobrir várias áreas. Temos a área da saúde, temos a área de higiene e saneamento, e assim vamos cobrindo a assistência para todos os grupos alvos”, tanto é que “já conseguimos a identificar as crianças, os idosos e as pessoas com deficiência”, por isso “fizemos uma ronda pelos pontos de distribuição, a distribuição está a correr de forma ordeira” e “tranquilizamos a população de que o Governo está presente e com a população”.
A delegada do INGD em Nampula não descarta a possibilidade da abertura de um centro de reassentamento, por isso “fizemos a triagem no distrito. Já está identificado um espaço e a avalanche é notória, ainda temos pessoas a entrar. A avaliar pelas condições sanitárias somos de propor a abertura de um centro o mais rápido possível para garantir as questões mínimas de saneamento”.
Igualmente, Anacleta Botão garantiu estarem disponível 16 toneladas de produtos alimentares para os deslocados. (Aunício da Silva)