Paris (IKWELI) – No âmbito da celebração do dia dos heróis moçambicanos, a embaixada de Moçambique na França promoveu uma campanha de renovação de documentos de identificação, precisamente o Bilhete de Identidade e Passaporte.
Os moçambicanos residentes naquele país europeu congratularam a iniciativa daquela missão diplomática, segundo referiu Fernando Noronha, que é um dos representantes da comunidade moçambicana na França.
“É uma boa iniciativa. Foi um trabalho longo das nossas autoridades, sobretudo a nossa querida embaixada em França, temos funcionários que são dinâmicos, nosso embaixador muito dinâmico e estamos muito, muito honrados e felizes por ter atingido esse passo, porque muitos moçambicanos encontram-se na diáspora com documentação fora do prazo e muita das vezes é difícil se deslocar a países que têm o sistema de captação como Portugal e Alemanha e despesas de viagens são custos altos para os compatriotas residentes cá em França”, disse Noronha, recordando que “eu acho que outros países europeus como a Bielorrússia, Bruxelas, Holanda, Luxemburgo são países também que necessitam de aproveitar esse sistema. Se tivéssemos todos anos uma vez por todos dois anos uma equipa que venha a nossa embaixada para efectuar essas captações seriam muito ideais, muito importante para todos moçambicanos, seriamos gratos porque a documentação é muito importante para nós”.
Esta fonte disse que, para além do empenho do embaixador, os próprios moçambicanos na França há muito que vinham solicitando por esse serviço, tal como abordaram o Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, a quando das festividades do dia da independência, 25 de junho de 2023.
“Como todos sabemos estamos num país que não é nosso, na Europa, e a nossa comunidade é uma comunidade muito activa, muito dinâmica e quando a gente tem oportunidade de se encontrar em certos eventos que se organizam ou pela embaixada, ou pela comunidade ou pelas associações, é sempre festa, é sempre alegria quando a gente se encontra. As vezes é uma boa oportunidade de a gente poder trocar de experiência, cada um conta a sua história da região onde está, como é que se passa, por que nem todos estamos nas mesmas regiões, todos estamos espalhados cá em França. A França é um país, embora que não seja muito grande como Moçambique, mas estamos em vários sítios em várias regiões. Agora a comunidade está crescendo, porque temos a vinda dos nossos estudantes que vem para estudarem e para o desenvolvimento do nosso país”, caracteriza Noronha como tem sido o contacto entre moçambicanos na França.
Por outro lado, esta nossa fonte apela as autoridades moçambicanas para terem em conta o potencial de conhecimento nativo na diáspora para que possa ser chamado a contribuir no desenvolvimento do país.
“Tem moçambicanos que têm uma certa experiência, alguns não é questão de ser engenheiros, mas que tem ideias para o desenvolvimento do país em vários sectores que seja administração, que seja sector de estrada, que seja sectores de trabalhos públicos, mas não temos ajuda”, anotou.
Essas barreiras não agradam aqueles concidadãos expatriados, pois “é muito complicado”, recordando que, ainda na diáspora não se esquecem do seu país, por isso “tivemos recentemente contentores que foram enviados a Moçambique para apoiar vítimas IDAI, quando houve aquela crise da COVID, que precisavam de máscaras, foram enviadas algumas máscaras”. (Redação)