Nampula (IKWELI) – O Secretário de Estado na província de Nampula, Jaime Neto, garantiu nesta quarta-feira (17) que o governo tem já posicionado empreiteiros nos distritos a fim de fazer face as necessidades que possam em virtude das intempéries da presente época chuvosa.
Para aferir o nível de prontidão, Neto teve de visitar o Instituto Nacional de Gestão do Risco e Desastres (INGD) e a Administração Nacional de Estradas (ANE) e dos gestores dessas instituições o governante teve a garantia de que tudo está a postos para assistir as famílias que possam ser vítimas das intempéries.
De acordo com dados partilhados ao Secretário de Estado na província pela ANE, a rede rodoviária de Nampula apresenta-se com 955 km em boas condições, 1075 km em condições razoáveis, 791 km em más condições, 842 km em muito más condições e 310 km intransitáveis, cuja extensão é de 6.305km de estradas, dos quais 4.013km são estradas classificadas. Do total da rede da Província 948,65km são estradas revestidas e 5.356,35 km não revestida o que pressupõe altos níveis de vulnerabilidade face às intempéries.
A manutenção da rede viária tem sido garantida por empreiteiros, os quais têm dívida acumulada com o Estado, o qual não os tem pago com regularidade, por isso perguntamos a Jaime Neto se os mesmos estarão dispostos para entrar nessa planificação, ao que respondeu que “os empreiteiros preposicionados têm contratos com o Governo, os contratos estão visados e todo o trabalho que forem a fazer é um trabalho que vai ser pago. Pode não ser imediatamente, porque o contrato já prevê isso, mas a medida da disponibilização de recursos o Estado vai prover esse dinheiro para poder compensar o trabalho que os empreiteiros tenham feito”.
Por seu turno, o INGD levou o Secretário de Estado na província para o bairro de Murrapaniua, onde visitou um comité local de gestão de riscos, onde anotou que “aqui há condições para que possam haver alguns desastres que provavelmente vos preocupe que é o rio, porque basta chover e não haver facilidade de travessia do rio Nicutha para outro lado será a vossa e nossa preocupação, e há crianças que estudam nas margens onde há escolas então é preciso continuarmos a trabalhar no sentido de mobilizar a população caso haja chuvas fortes e o rio encha”.
“A informação meteorológica que é passada prevê trovoadas e tem sido motivo para muita gente perder vida, por isso é preciso explicar a população aonde não devem estar, em baixo das árvores por exemplo não podem estar e é preciso encontrar um abrigo que possa permitir que a pessoa não seja atingida por raios”, recordou a fonte.
Gaspar Jorge, coordenador do comité local de gestão de riscos de calamidades para o bairro de Murrapaniua, disse que as mensagens que ele tem passado para as comunidades da sua zona são referentes as diversas situações de risco e desastres, mas por outro lado diz haver muita renitência por parte da população.
“A maioria dessas comunidades são renitentes e não querem abandonar as suas zonas que os viram nascer, esses motivos realmente são complicados e permitem que a população continue sempre a habitar nos locais de risco, e para o seu abandono requer também a criação de condições para atribuição de novos espaços para a sua habitação nas zonas seguras”, disse. (Aunício da Silva e Malito João)