Lichinga (IKWELI) – A Direcção Provincial de Migração no Niassa, extremo norte de Moçambique, deteve durante a época da quadra festiva do Natal um total de 19 dezanove cidadãos de nacionalidade malawiana, dos quais 5 mulheres e 2 crianças, encontrados clandestinamente no território nacional.
De acordo com o porta-voz da Migração no Niassa, Almeida Mitenge, os cidadãos foram interpelados pelo posto migratório da polícia de fronteira em Chala, no passado dia 26 do mês em curso, quando estes encontravam-se a praticar agricultura.
“Os cidadãos entraram no país sem o devido procedimento migratório. Pela triagem que a migração fez, concluiu que os cidadãos em causa foram interpelados por conflitos comunitários entre a comunidade de Chala e a comunidade do outro lado de Malawi no processo de agricultura. Ou seja, eles produzem nas nossas terras e no fim da época dividem os seus produtos com líderes comunitários moçambicanos. No entanto, houve conflito entre as partes e acabaram metendo a queixa às autoridades policiais de Chala e mais tarde foram interpelados e encaminhados para o distrito de Chimbunila e a sede encaminhou-os a direcção provincial”, explicou.
A fonte disse que decorrem procedimentos para o repatriamento dos cidadãos em causa. Entretanto, o mesmo explicou que quanto aos líderes comunitários que recebiam valores monetários para que os cidadãos exercessem a actividade, o julgamento cabe as autoridades locais.
“Nós como Migração não entramos tanto, tratando-se de líderes comunitários têm entidades competentes que regulam esse tipo de situações. Para o nosso caso, trabalhamos apenas com os estrageiros, de modo a devolvê-los na sua zona de origem”, afirmou.
Na ocasião, Mitenge apelou maior vigilância nos locais de trabalho e viagens, principalmente durante a quadra festiva, com vista a verificar a existência daquilo que chamou de caras estranhas.
“Para os viajantes que querem passar as festas do fim do ano exterior, verifiquem se os documentos de viajem estão devidamente em dia, para evitar se fazer a fronteira com documentos caducados, isso porque é transtornante descobrir que o seu documento está caducado nas mãos do inspetor de passaporte aquando da sua saída ou entrada pela fronteira”, frisou.
A equipa do Ikweli ficou a saber que os cidadãos, ora retidos, pagavam um valor correspondente a 500,00Mt (quinhentos meticais) ou até mesmo alguns produtos que eram cultivados aos líderes comunitários, por forma a continuarem com a actividade. (Ângela da Fonseca)