Nampula (IKWELI) – Funcionários e agentes do Estado no conselho autárquico da cidade de Nampula andam agastados com Paulo Vahanle e seu núcleo duro, por conta disso ameaçam realizar uma greve e paralisar todos os serviços da edilidade.
Com efeito, o grupo de trabalhadores já endereçou uma carta ao comando provincial da Polícia da República de Moçambique, informando sobre a intenção, sustentando que há 3 meses que os ordenados não reflectem nas contas, e o pior ainda é que ninguém os dá satisfação.
Vahanle é acusado pelos funcionários e agentes do Estado de que “desde a sua tomada de posse, como edil desta cidade, nunca teve nem se quer um único encontro com todos os trabalhadores para ouvir as preocupações durante o período do seu mandato que completa quase 8 anos”, e ainda as “condições de trabalho péssimas”, pois “na maior parte dos edifícios onde funcionam os diversos serviços estão sem corrente eléctrica há semanas como é o caso da Assembleia Municipal, DMAE, falta equipamentos de trabalho tais como carinhas de mão, vassouras, fardamentos, luvas, máscaras de protecção e entre outros, desta forma dificulta o trabalho”.
Posto isso, na data em que os funcionários se propõem a realizar a greve, 6 de dezembro corrente, estarão encerrados todos os serviços da edilidade e os protagonistas deverão instalar-se em frente ao edifício sede do conselho autárquico da cidade de Nampula.
“A narrativa de não pagamento dos salários tem a haver com a falta de desembolso do Fundo de Compensação Autárquicas (FCA) por parte do governo central e não procede, pois, o Conselho Municipal produz receita própria, só que o dinheiro é usado para suportar as deslocações desnecessárias do presidente e o seu grupo restrito de colaboradores”, lê-se na missiva dos futuros grevistas. (Antunes Mário)