Vahanle não está a ser bem visto pelos vendedores do Waresta

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Nampula (IKWELI) – Os vendedores do mercado grossista Waresta, localizado no bairro de Natikiri, posto administrativo com o mesmo nome, na cidade de Nampula, acusam o presidente do conselho municipal desta urbe, Paulo Vahanle, de não cumprir a sua promessa de requalificar aquele centro comercial que também serve toda a zona norte do país.

Os comerciantes dizem que Paulo Vahanle apenas simulou a colocação de pavê e estavam confiantes em que iria melhorar a condição do mercado para o bem-estar dos mesmos. Eles descrevem que nos dias em que chove, não conseguem vender, devido a falta de alpendre e outro espaço para continuar a exercer a sua actividade comercial.

Um comerciante do mercado grossista Waresta considera que a não requalificação daquele local é um dos pecados de governação de Paulo Vahanle. “Eu estou muito preocupado e interrogado com o presidente do conselho municipal de Nampula, no ano 2020 quando colocava pavê neste mercado, ele mesmo nos disse que iria melhorar o mercado antes do seu mandato terminar, uma vez que é um dos grandes mercados da cidade, mas só para ver que até agora não se fez nada a não ser o pavê”, manifestou Osvaldo Carlos Ernesto Paulo.

Segundo este vendedor, “nos tempos chuvosos passamos mal, não há espaço para vender devido a falta de alpendre para arrumar as nossas mercadorias, e clientes não tem como entrar nas nossas bancas para comprar, somos obrigados a cobrir a nossa mercadoria com plásticos, já tentamos colocar essa preocupação aos nossos chefes do mercado, mas até agora não nos dão uma explicação, alegando que já fez chegar nas autoridades do conselho municipal”.

José Arlindo, comerciante de feijão manteiga, anota que a situação de falta de alpendres naquele mercado preocupa várias pessoas, uma vez que são obrigados a pagar todos os dias a taxa de 10,00Mt (dez meticais), excepto aos domingos. “Esta situação de falta de alpendre não é de agora, porque mesmo presidente do conselho municipal sabe desta situação. No ano em que ele veio colocar pavê neste mercado, prometeu que só poderia resolver assunto de pavê, iria criar condições de melhorar o próprio mercado, antes do término do seu mandato, mas até agora não se fez presente, só sabem nos obrigar a pagar taxa de 10,00Mt, se a gente não pagar levam os nossos produtos, quando perguntamos para que serve o valor, eles alegam que é para o melhoramento da nossa cidade e mercado, mas não conseguimos ver nada disso que falam”.

Por outro lado, o comerciante de gergelim naquele mercado, António Maravane, pede as autoridades do conselho municipal da cidade de Nampula a construção de alpendres, no sentido de tirar os vendedores do sofrimento nas épocas chuvosas. “Gostaria que o conselho municipal viesse organizar o nosso mercado, com a construção de alpendres porque é uma das preocupações que existe nesse mercado, e eu por dia só ganho 100,00Mt (cem meticais), levo a casa 90,00Mt (noventa meticais), porque tenho que tirar 10,00Mt para pagar taxa obrigatoriamente, e quando perguntamos as razões do pagamento das taxas que somos cobrados, nos explicam que serve para criar condições neste mercado”.

Os clientes, também, se mostraram preocupados com a situação de higiene e saneamento do meio no mercado grossista Waresta. Ana Alexandre, uma das clientes, lamenta o facto de a situação vivida pelos vendedores ser “muito chocante”, porque “eu acho que o conselho municipal deveria organizar mais o mercado, sabendo que é onde maior número de pessoas recorre para fazer compras, e nos tempos chuvosos não conseguimos vir fazer compras de tanto estar sujo o mercado, então o município tinha que velar por esse assunto”.

O responsável daquele mercado, mostrou-se indisponível, alegando que não poderia falar sem autorização do seu superior. (Virgínia Emília)

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