Nacala vai repetir eleição em dois postos de votação

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Nampula (IKWELI) – O Conselho Constitucional não validou e mandou repetir a eleição na vila municipal de Marromeu e em alguns postos de votação na cidade e vilas autárquicas de Nacala-Porto na província de Nampula, Milange e Gurúè, na Zambézia, por terem sido registadas irregularidades que afectaram o direito de voto dos cidadãos.

Na autarquia de Nacala, trata-se das mesas 090896-1, 090896-02, 090896-03, 090896-04, 090896-05, 090896-06, 090898-02A e 090898-02B, as quais funcionaram na EPC Cristo é Vida, bem como as mesas 090854-01, 090854-02, 090854-03, 090854-04, 090854-05, 090854-06A, 090854-06B/090854-07/090861-03, 090861-01 e 090861-02, na escola de Murrupelane.

Em relação aos outros municípios da província de Nampula, o CC declarou o partido Frelimo como vencedor, facto que retira a Renamo do poder nas cidades de Nampula, Angoche e Ilha de Moçambique, bem como nas vilas autárquicas de Mossuril, Monapo, Ribáuè e Malema.

O acórdão de validação dos resultados eleitorais apresentado publicamente está sexta-feira, pela Juíza Presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro, dá contas que esta decisão resulta da reavaliação dos editais de apuramento pelo órgão que, também, reconheceu ter havido alguma situação que interferiu no processo, mas que não podem ser razão para nubilidade da votação em locais como, por exemplo, Cuamba.

Os resultados das eleições de 11 de Outubro último, são das mais contestadas, a avaliar pelo número de recursos interpostos ao Conselho Constitucional, em que o órgão  julgou cerca de 40 recursos relativos a 32 autarquias, sendo que a sua decisão resultou  na vitória da  Renamo nas autarquias de Chiúre, Quelimane, Alto Molócuè  e Vilanculos, mas apesar disso, Renamo viu reduzidos números de municípios sob a sua gestão  comparativamente às últimas eleições autárquicas de 2018 em que só na província de Nampula geria  cinco municípios.

Entretanto, a Frelimo tem a vitória confirmada pelo Conselho Constitucional em 56 autarquias, uma vez que há quatro municípios por disputar parcial e totalmente.

Glória Salvador, mandatária nacional do partido Renamo, após a leitura do acórdão que valida os resultados, deixou claro que o futuro do país é agora incerto, pois “daqui para frente não é a Renamo, é o povo. O povo vai exigir o destino do seu voto”.

“A Renamo não parou de manifestar, parou para ver o CC. O CC acabou de mostrar que é tudo farinha do mesmo saco”, anotou a fonte, concluindo que “o povo vai continuar a exigir o seu voto. O povo vai perseguir o destino do seu voto, aquele voto que eles depositaram na urna no dia 11 de outubro”.

Todavia, o CC não validou a eleição na vila de Marromeu, devendo assim ser realizada nova eleição.(Redação)

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