Educação nega carteiras em Nampula por serem ofertadas por Vahanle

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Nampula (IKWELI) – O Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Nampula, Paulo Vahanle, equaciona oferecer às escolas privadas ou comunitárias as carteiras adquiridas pela edilidade que eram destinadas a escolas públicas, mas que foram rejeitadas pelo sector de educação do distrito de Nampula por razões políticas.

É um total de 200 (duzentas) carteiras que o Conselho Municipal da Cidade de Nampula adquiriu para oferecer quatro escolas primárias daquela circunscrição geográfica, de forma a tirar alunos do chão nos estabelecimentos de ensino sorteados, com destaque para EPC de Mucuache, EPC de Napacala, bem como a EPC da Barragem.

Entretanto, a oferta da edilidade foi rejeitada pela entidade máxima que vela pelo sector de educação na cidade de Nampula, por considerar um “presente envenenado”, uma vez que a educação é controlada pela Frelimo, partido no poder em Moçambique, e o município é actualmente dirigido pela Renamo, principal adversário dos camaradas. Daí que, aceitar a oferta da entidade municipal, é favorecer o terreno político para a perdiz.

“Sobre as inviabilizações, nós somos da oposição, o governo central é o partido Frelimo e nós, a Renamo, estamos nesta autarquia a dirigir os destinos de Nampula. Parece-me que houve instrução de modo que as nossas instruções como autarca, como edilidade nesta cidade de Nampula, em relação as outras instituições, refiro-me mesmo a EDM, FIPAG, Educação, saúde, esses sectores todos, de modo que eles não estivessem abertos para colaborar connosco. Aquilo que seriam as nossas intenções ou vontade de dar aos nossos munícipes, não fossem acolhidas essas nossas vontades”, voltou a lamentar Paulo Vahanle, presidente do Conselho Municipal de Nampula.

“É o que acontece com as carteiras. Nós fizemos as carteiras, até podemos tomar transporte eu vou vos mostrar as carteiras, estão no armazém, e nós queríamos oferecer as carteiras as escolas no âmbito do nosso plano de actividades. Mandamos fabricar, pagamos, não temos dívidas, queríamos distribuir para algumas escolas bem identificadas ao nível da autarquia, mas infelizmente, quer os Serviços Distritais de Educação de Nampula, assim como outras entidades que podiam dar a mão neste  assunto, acham que não podem receber essas carteiras porque é uma publicidade, aliás, é campanha eleitoral da Renamo. Mas nós ganhamos as eleições na base de um manifesto eleitoral e queremos cumprir as nossas obrigações perante os nossos munícipes”, referiu Vahanle.

“As carteiras estão connosco, se quiserem podemos ir até lá para completar a vossa informação, porque o presidente pode estar agora a enganar-vos que há carteiras, enquanto no cômputo geral não há nada, vamos ver as carteiras. São 200 carteiras, as escolas contempladas, como Mucuache, Napacala, EPC da barragem, pelo menos  quatro, onde podíamos ter em média 50 carteiras para cada escola”, continuou o autarca de Nampula.

Por essa razão, Paulo Vahanle não descarta a possibilidade de doar as carteiras a escolas privadas. “É complicado, mas vamos recorrer às escolas privadas que quiserem. Nós vamos doar porque é dinheiro do Estado, nós não podemos desviar o destino, é para escolas no âmbito da responsabilidade social, mas há trabalho nesse sentido para corrigirmos os nossos irmãos esta forma de encarar as situações não ajuda, e, em democracia, não existe. Nós todos lutamos só no tempo de campanha, quando sai um vencedor nós temos que estar todos unidos para desenvolvermos o nosso espaço e que neste momento é autarquia da cidade de Nampula”, precisou Vahanle. (Constantino Henriques)

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