Agentes da Polícia municipal de Angoche espancam jovem de 21 anos até perder os sentidos

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Nampula (IKWELI) – Três agentes da Polícia Municipal da cidade de Angoche, província de Nampula, são acusados de terem espancado brutalmente um jovem dos seus 21 anos de idade, por alegadamente, o mesmo não exibir os documentos de motorizada exigidos pelos fiscais.

O incidente ocorreu por volta das 18 horas do último domingo (20), na cidade de Angoche. Segundo fontes do Ikweli, Jesito Momade, o jovem agredido estava em mais uma actividade de táxi-mota, forma honesta de ganhar dinheiro naquelas terras de Farlahi, quando foi interpelado por três policiais que o exigiram para que exibisse os documentos da motorizada, bem como pessoais.

Não tendo exibido os tais documentos, e não tendo colaborado, os referidos agentes, por se sentirem desafiados, avançaram com a acção de agressão física brutal ao jovem, até aos desmaios.

A sorte do jovem Jesito é que minutos depois da agressão, uma equipa do CDD (Centro de Desenvolvimento e Democracia) que trabalha naquela parcela moçambicana, prontamente o socorreu para a unidade sanitária mais próxima, onde recuperou os sentidos.

“O jovem ficou debilitado, dali lhe socorremos para o Centro de Saúde onde depois de várias intervenções, graças a Deus ele ficou recuperado e foi dado alta. Falamos com os agentes sobre porquê agiram daquela foram, responderam que teriam perdido paciência. Portanto, nem mostram sinais de arrependimento por aquilo que fizeram”, conta Palmira Revula, coordenadora provincial da CDD, em Nampula.

Palmira Revula condena a acção daqueles agentes porque, segunda ela, não se justifica que os mesmo tivessem que avançar por aquela via que viola grosseiramente os direitos humanos. “Como CDD, lamentamos e condenamos a acção dos agentes. Eles têm instrumentos próprios para lidar nos casos de desobediência, podiam por exemplo algemar o cidadão, e não optar por agressão. Portanto, exigimos que os três agentes sejam responsabilizados criminalmente como forma de desencorajar práticas semelhante”, precisou Palmira Revula.

Até o fecho desta edição as autoridades policiais ao nível de Angoche, assim como na província ainda não se pronunciaram em torno do caso. (Constantino Henriques)

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