Detido suposto docente por porte ilegal de arma de fogo

Nampula (IKWELI) – Um suposto docente de um estabelecimento de ensino na cidade de Nampula está a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM), nesta parcela do país, indiciado de porte ilegal de uma arma do tipo pistola de pressão, um crime punível por lei.

A detenção deu-se durante o último fim-de-semana, e o mesmo encontra-se encarcerado numa das celas da 2ª Esquadra da corporação situada no bairro de Muahivire.

Tudo começou quando um jovem, com os seus 21 anos de idade, que se diz ser residente no bairro de Carrupeia, considerado como um reincidente no mundo do crime, arrombou a porta de uma viatura para roubar uma pasta que estava no interior da mesma. Afinal o automóvel pertencia ao docente em causa.

A suposição do jovem arrombador, segundo o mesmo versa, era de que na pasta tinha dinheiro, pelo que levou e com ela pôs-se em fuga.

Apercebendo-se da situação o docente, também, partiu em perseguição do jovem, juntamente com os membros da polícia, que na altura encontravam-se em mais uma acção de patrulha no local. Entretanto, após ser neutralizado o jovem, quando se abriu a pasta foi encontrada a arma de fogo e, da perícia feita, constatou-se que, afinal de contas, o professor não possuía a documentação que lhe permitisse circular com aquele aparelho.

“Estou aqui porque sou vítima desse senhor aqui que roubou minha pasta e que lá na pasta tinha uma arma de pressão de ar. Eu estava a descansar e ele abriu a minha porta do carro e quando eu descobri que alguém levou a minha pasta eu persegui a ele, com a ajuda dos agentes da PRM que estavam a fazer patrulha, capturaram a ele, também. Eu estava a averiguar a minha pasta se alguma coisa foi subtraída ou não. Mostrei aos agentes da PRM que tinha lá uma arma de pressão de ar, mostrei a minha credencial e disseram que vamos a esquadra, por isso estou aqui”, contou o docente cujo nome não avançámos para salvaguarda dos seus   direitos.

A referida arma, do tipo pistola, está nas mãos do docente desde 2016, a qual teria comprado, na altura, a preço de 15 mil meticais, para alegadamente defesa pessoal.  Entretanto, a credencial de que o indiciado alega possuir é falsa, em conformidade com Dércio Samuel, chefe das Relações Públicas no Comando Provincial da PRM em Nampula.

“Trata-se de um indivíduo daquele grupo que tem vandalizado viaturas estacionadas na via pública e esse apercebendo-se da distração do proprietário da viatura vandalizou a mesma, onde subtraiu a pasta que continha uma arma de pressão de ar e colocou-se em fuga. Das diligências feitas pela polícia foi possível a neutralização e detenção desse indivíduo e a recuperação dessa pasta que continha a arma. Foi através dessa arma que a polícia fez averiguação com o proprietário da pasta e o mesmo não conseguiu apresentar a documentação daquela arma, daí que ele é indiciado de uso ilegal de arma de fogo e nem chegou de apresentar a licença que lhe habilita o uso da mesma arma”, contou à jornalistas Dércio Samuel, durante o habitual briefing semanal desta segunda-feira (31).

Mais um “águia” detido em Nampula

Ainda nesta segunda-feira, a Polícia da República de Moçambique, em Nampula apresentou um jovem, elemento do grupo de delinquentes, mais conhecido como “águia” que continua a aterrorizar a capital do norte, através de roubo incessante de celulares em plena via pública, fazendo-se transportar em motorizadas.

A semelhança do jovem que roubou a pasta contendo arma, este também disse ser morador do bairro de Carrupeia.

A neutralização, também, aconteceu na área de jurisdição da 2ª Esquadra policial, concretamente no bairro de Muahivire expansão.

“Fui detido por causa de telefone. Eu arrancava os telefones das pessoas e vendia lá no bairro. Já fiz isso por oito vezes. Pegaram-me em Muhala – Expansão, o dono era um estrangeiro. Já tínhamos tirado e quando quisemos sair eles encostaram a mota com o pé e caímos. Éramos dois, eu estava a conduzir a mota e o outro levou o celular e naquela altura de nós sairmos logo encostaram a mota e o outro fugiu e eu fiquei”, disse o indiciado.

A polícia promete desencadear uma acção com vista a neutralizar o outro ora a monte, para a devida responsabilização criminal.

“O indivíduo faz parte do grupo mais conhecido por águia, este na companhia do seu comparsa, ora a monte, e fazendo-se transportar numa motorizada teriam arrancado dois telemóveis a um cidadão que estava na via pública e porque naquela altura uma força policial encontrava-se a patrulhar, e apercebendo da situação, colocou-se em perseguição onde foi possível a neutralização e detenção deste indiciado que está sob custódia policial, apreensão da motorizada que era usada na hora do crime e a recuperação do telemóvel da vitima e diligências continuam com vista a detenção do outro indivíduo ora a monte para que seja responsabilizado criminalmente, assim como a recuperação do bem em falta”, precisou Dércio Samuel. (Constantino Henriques)

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