Nampula (IKWELI) – O Ferroviário de Nampula derrotou na última quarta-feira (26), no Estádio 25 de Junho, o homónimo de Nacala por 2-1, em partida da primeira eliminatória da Taça de Moçambique em futebol, na sua fase regional norte.
Trata-se da segunda vez consecutiva que os “locomotivas” de Nacala perdem diante do Ferroviário de Nampula nesta edição da Taça de Moçambique, já que no jogo da grande final da competição, na sua fase provincial, também consentiu uma derrota, mas na marca das grandes penalidades.
No jogo da passada quarta-feira, as duas equipas entraram bem nas quatro linhas, mas foi o Ferroviário de Nampula a adiantar-se no marcador através de um golaço de Salas Malico, conseguido na cobrança de um livre, durante a primeira parte.
Quando tudo indicava que o jogo iria ao intervalo com o resultado positivo para os anfitriões, o Ferroviário de Nacala restabeleceu a igualdade por intermédio de Rifel. O golo surgiu num trabalho de insistência do representante da zona económica especial, depois de um cruzamento de Laque ao que o guarda-redes Xavito teve uma defesa incompleta e Rifel apenas tratou de empurrar a bola para o fundo das malhas.
No reatar do encontro, o Ferroviário de Nacala possuiu momentos que provocaram calafrios ao adversário. Mesmos nos instantes iniciais, a equipa tecnicamente orientada pelo mister Dário Monteiro, beneficiou de uma grande penalidade que não foi aproveitada por Dinis, que no momento da sua cobrança fê-lo de tal forma que facilitou o trabalho defensivo do guarda-redes Xavito.
A vitória dos autoproclamados axinenes de Nampula foi conseguida na primeira parte do prolongamento, através de Chabindza, um dos reforços da agremiação.
“…mas pronto na segunda parte não baixamos, sabíamos que tínhamos que controlar o jogo, porque vínhamos de um desgaste físico, mas os rapazes conseguiram controlar, conseguimos fazer o golo e foi um jogo que valeu pelo sacrifício”, disse Antoninho Muchanga, treinador do Ferroviário de Nampula, na análise da vitória.
Por outro lado, o técnico disse que o jogo serviu, também, para rodar a equipa, tendo em conta os próximos compromissos no campeonato nacional, o Moçambola e, no próximo domingo, recebe o Ferroviário de Maputo, para a 13ª jornada da competição.
“Valeu sim, porque são esses jogos que precisamos. Temos que ter uma equipa equilibrada, porque senão podemos esgotar aquilo que é o nosso 11 inicial”, precisou o timoneiro dos axinenes de Nampula.
Dário Monteiro, treinador do Ferroviário de Nacala, não se esquivou das responsabilidade e afirmou: “fomos eliminados por culpa própria. Eu acho que tivemos todas as oportunidades para matar o jogo, falhamos uma grande penalidade. No início do prolongamento, tivemos oportunidade clara para fazer o 2 a 1, e depois quem não marca arrisca-se a sofrer. Foi o que aconteceu, sofremos um golo que na minha opinião, também, é falta, se forem ver é falta. Os meus jogadores tiveram um jogo desgastante no domingo com a União Desportiva de Songo, por isso o esforço que empreenderam aqui com prolongamento, acho que mereciam um resultado diferente, mas não aconteceu, agora vamos recuperar para o próximo jogo, até porque a prioridade do Ferroviário de Nacala é a manutenção no Moçambola”, concluiu o técnico.
Com este resultado, o Ferroviário de Nampula defronta na segunda eliminatória desta fase regional norte, a equipa do Baía de Pemba que, por sua vez, eliminou o Ferroviário de Lichinga por 0-1. (Constantino Henriques)