Nampula (IKWELI) – Numa altura em o partido Renamo prepara-se para realização das conferências que vão culminar com a eleição de cabeças-de-listas para as eleições autárquicas de 11 de outubro deste ano, as mulheres daquela formação política garantiram esta quarta-feira (05), durante a celebração do aniversário do seu destacamento feminino, que estarão unidas no trabalho para garantir a manutenção das autarquias sob sua gestão, bem como vencer noutras, enquanto perseguem o maior sonho de gerir o país depois do próximo ano.
De acordo co Abiba Aba, delegada política provincial da Renamo em Nampula, as mulheres do seu partido não vão fraquejar até tirar o partido Frelimo do poder e, de igual modo, para que não leve o município da cidade de Nampula. “Nós mulheres da Renamo a nossa meta é levar as oito autarquias da província de Nampula e levar Ossufo Momade, presidente da Renamo, para a ponta azul custa o que custar”, disse Aba.
Para que isso se concretize, disse Abiba que todas as mulheres e homens devem trabalhar para garantir a vitória do seu partido.
O partido Renamo defende que nas eleições deste ano haja maior representação das mulheres, diz estar a mobilizar por acreditar que dentro da formação política há várias com capacidades de gestão e liderança.
Este ano, as mulheres do partido Renamo comemoram 43 ano deste a criação do braço feminino do partido, grupo criado por três mulheres que, de acordo com a perdiz, juntaram-se aos homens para lutar pela democracia do país. O aniversário foi celebrado depois de o seu partido ter encerrado a última base militar e ter entregue as armas, deixando claro que já não era partido armado. No âmbito do Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) das forças residuais 121 mulheres deixaram as matas para se juntar as famílias, aguardando que sejam reintegradas na sociedade.
Maria Dique, membro da Comissão Política Nacional da Renamo, explicou que uma das maiores dificuldades que tem estado a se notar no processo do DDR tem a ver com a reintegração. “A reintegração é uma situação que está tendo dificuldades em termos da cedência de espaços, há muitos colegas desmobilizados que ainda não foram reintegrados nos sectores que constavam dos acordos”, disse Maria, que continua afirmando que “vocês sabem que as pensões são dadas a que já descontou, então, alguns que já tinham sido desmobilizados receberam durante um ano os subsídios e logo a seguir a promessa era da pensão. Neste momento, o grosso número não tem pensão e a informação que temos é de que já há dinheiro para isso, mas devem tratar documentação para que cada um entre no sistema”.
A fonte concluiu dizendo que estava condicionada a pensão ao encerramento da última base, sendo que com o fim do processo espera-se que o Governo cumpra com a sua promessa a semelhança do que o seu partido fez no âmbito do DDR. (Adina Sualehe)