Maputo (IKWELI) – O jornalista investigativo moçambicano, Estácio Valoi, é vencedor do prêmio de jornalismo “Liberdade de Expressão”, um prêmio bianual atribuído a jornalistas fora da Suécia.
O prêmio foi atribuído com a decisão do comitê da cidade de Örebro, na Suécia, ligado à filial de Örebro da SJF, a Associação Sueca de Jornalistas.
O “Pen2Pen Örebro – Prêmio Liberdade de Expressão” foi criado para apoiar jornalistas que se opuseram por causa de seu trabalho, às vezes até ameaçados, e ainda continuam lutando pela liberdade de expressão.
“Em nome da comissão Pen2Pen, tenho agora o imenso prazer de anunciar que o senhor Estacio Valoi é um dos vencedores 2023”, comunica a organização.
“Com coragem, força e perseverança, nosso destinatário vem retratando há vários anos a exploração predatória de seu país, em tantas partes do ambiente. Ele se aproxima, conhece as pessoas afectadas, vê com seus próprios olhos e colecta muitos factos. Apesar de ser parado pelos militares e preso, ele continua. Ele evita escavadeiras e metralhadoras para poder contar ao mundo exterior o que está acontecendo. O jornalismo em palavras, imagens, rádio e televisão é sua própria arma”, lê-se na comunicação da agremiação feita ao jornalista moçambicano.
“O compromisso do PEN sueco é defender a liberdade de expressão. Nossa tarefa se baseia na premissa de que a palavra escrita não deve conhecer fronteiras, nem políticas, nem nacionais, nem religiosas. Os membros do PEN apoiam o estatuto do PEN, que destaca nossa responsabilidade no combate à mentira, ao racismo e ao ódio entre etnias e classes sociais”, caracteriza-se a organização sobre os seus propósitos, explicando ainda que “o PEN apoia escritores presos ou perseguidos. Destacamos sua situação em cartas a representantes do governo. Entramos em contacto com tomadores de decisão e nos envolvemos em campanhas públicas. Em debates, palestras, eventos e treinamento de professores, disseminamos conhecimento e engajamento em prol da liberdade de expressão. Através de nosso fórum internacional na Internet PEN/Opptexts que foram censurados em muitos países ainda chegam a leitores do mundo todo. O Prêmio Tucholsky foi instituído em 1985, é concedido a autores de mérito que, como resultado de sua obra literária, são forçados a viver no exílio ou sob ameaça em seu próprio país. Entre os premiados estão Salman Rushdie, Taslima Nasreen, Dawit Isaak e Gui Minhai”.
O PEN Sueco foi fundado em 1922 como um dos primeiros Centros da organização PEN. O primeiro presidente foi o poeta Anders Österling. Mulheres escritoras, como Elin Wägner e Marika Stiernstedt, foram admitidas a partir do ano de 1925. Até a Segunda Guerra Mundial, a organização era principalmente um clube de discussão, mas a partir do final da década de 1940 a organização passou a lidar mais com questões relacionadas à liberdade de expressão e solidariedade internacional.
Hoje, o PEN Sueco tem mais de 800 membros e é uma parte importante e influente da rede PEN Internacional. O PEN sueco é administrado por um conselho cujos membros trabalham sem remuneração financeira. O presidente é Jesper Bengtsson. (Redação)