Estamos em Junho: Nem cabeças-de-lista e nem nada

Nampula (IKWELI) – A 11 de Outubro próximo Moçambique realiza as 6ªs autárquicas, diferentemente dos outros anos eleitorais anteriores, a corrida parece pouco publicitária sobre quem, nos próximos cinco anos, é proposto a dirigir os territórios municipais.

Praticamente, resta, apenas, mais um trimestre para a campanha eleitoral, mas os partidos políticos ainda não se pronunciam sobre quem serão os seus cabeças-de-lista para o escrutínio, alias, nem se quer os candidatos para tal posição são conhecidos.

Na província de Nampula, maior círculo eleitoral, nas 8 autarquias (Malema, Ribáuè, Nampula, Angoche, Monapo, Ilha de Moçambique, Mossuril e Nacala) espera-se uma luta renhida. A Frelimo quer retirar do poder a Renamo nos municípios que actualmente dirige (Malema, Nampula, Angoche, Ilha de Moçambique e Nacala) e por sua vez, a Renamo quer juntar as de Ribáuè e Monapo a sua lista de direcção.

Igualmente, outros actores políticos estão a juntar energias para, nessa corrida, também, ficarem com algumas autarquias. Nisso conta-se o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), A Nova Democracia (ND) e a Acção do Movimento Unido para a Salvação Integral (AMUSI). O Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO), da Filomena Mutoropa, pouco se fala.

Estranhamente, nenhuma dessas forças já começou a publicitar quem, de facto, poderá se tornar no próximo autarca nessas 8 circunscrições, mas os seus dirigentes têm se desdobrado nesses círculos eleitorais.

O partido Frelimo é que mais tem se evidenciado, tendo o seu chefe da brigada central de assistência à província, Celso Correia, promovendo aproximação com os eleitores de Namicopo, maior círculo eleitoral do município da cidade de Nampula, e o seu Secretário-geral, Roque Silva, destacando-se na aproximação com o eleitoral de Ínguri, na autarquia de Angoche.

Manuel Rodrigues, primeiro governador eleito de Nampula, também, tem se desdobrado em Namicopo, onde com recurso a língua local promove diálogo com os moradores locais.

Da Renamo pouco se fala, senão os seus actuais edis que tem se evidenciado na inauguração de infra-estruturas públicas ou então o lançamento de primeira pedra de obras nos municípios que dirige.

No município de Nacala está claro que não haverá continuidade. Tanto dentro, assim como fora, ninguém “quer saber” de Raul Novinte, tudo indica que o reverendo defraudou a tudo e a todos.

Malema é uma das autarquias que experimentou várias greves no mandato que este ano termina, e há algum desespero por parte da perdiz, mas não se fala disso publicamente.

Enquanto isso, os eleitores não escondem a sua curiosidade para melhor saberem se decidir sobre com que contar para o desenvolvimento das suas autarquias.

“Parece que este ano está difícil para todos os partidos. Por essas alturas já devíamos conhecer os cabeças-de-lista”, comenta o cidadão António Paulo, residente na vila de Malema, cuja opinião é secundada por Virgílio Mateus, de Ribáuè.

“Aqui na cidade de Nampula parece que a Renamo vai manter o Vahanle, mas a Frelimo não está a falar nada. Isso nos preocupa. Os outros partidos que nos interessam pouco, mas o MDM podia, também, apontar os seus candidatos”, comenta Zubeda Gil, residente da cidade de Nampula.

Da cidade de Nacala, a conhecida Zona Económica Especial, a preocupação é a mesma. “Sabemos que a Renamo não vai cometer o erro de recandidatar o Novinte”, comenta Zubair Moti, que prossegue afirmando que “essa estratégia dos partidos anunciarem tardiamente os seus candidatos pode não ser muito bom, porque podem trazer pessoas anonimas ou que não são gostadas, o que lhes vai complicar”.

Na Ilha de Moçambique, por exemplo, há um misto de preocupação, uns felizes por entender que o actual autarca não virá a ser cabeça-de-lista da perdiz, mas outros querendo-o renovado. (Redação)

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