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Namialo: Meninas deslocadas ressentem-se da falta material de higiene

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Nampula (IKWELI) – Mulheres deslocadas, em particular meninas, que se encontram acolhidas na sede do posto administrativo de Namialo, no distrito de Meconta na província de Nampula, queixam-se da falta de material de higiene para cuidar do seu corpo, sobretudo durante o período menstrual.

Bebe Assane, de 22 anos de idade, disse que enfrenta enormes dificuldades para obter penso higiénico durante o período menstrual, devido a dificuldades financeiras para adquirir no mercado informal local. Para não ficar só, Bebe contou que recorre à panos de capulana para controlar o seu ciclo menstrual.

“Recorro à método tradicional para me higienizar, neste caso, à panos de capulana”, disse, ao mesmo tempo estendendo pedido de inclusão no Kit de apoio fornecido às famílias deslocadas. “Pedimos que no apoio incluam lá o Kit de higiene”, implorou, lembrando que “desde que as famílias de Namialo começaram a receber apoio alimentar, apenas uma vez foi incluso material de higiene”.

Egnela Crisanto, de 21 anos de idade, deslocada de Muambula, distrito de Muidumbe, disse que enfrenta muitas dificuldades para ter penso higiénico, uma vez que não tem qualquer actividade de rendimento para sustentar pequenas despesas. Para se higienizar, muitas das vezes, Egnela conta com apoio da mãe, que também é deslocada, mas tem sido obrigada a recorrer métodos tradicionais quando a mãe não consegue.

Maria Nantanane, 25 anos de idade, também do distrito de Muidumbe, contou que não tem sido fácil manter a sua higiene como mulher, para ela, além de faltar penso, também falta omo, sabão. Para piorar a situação da Maria, tem um filho menor de um ano de idade, cujo pai não assume a criança. “Sobre material de higiene, só recebi uma vez em 2022, foi penso, sabão, balde e já acabou e neste momento não temos como, usamos capulanas durante todo período de menstruação, mas essas coisas não lavo bem, devido a falta de Omo ou sabão”. (Redação)