Nampula (IKWELI) – O autarca da cidade de Nampula, Paulo Vahanle, entende que o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), o bispo Dom Carlos Matsinhe, é um demónio disfarçado e actua em prejuízo da população moçambicana.
Vahanle baseia-se nas irregularidades que estão a acontecer no processo de recenseamento eleitoral e que, facilmente, são aceites pelo religioso.
Esta fonte recorre-se ainda o recente caso de falsificação e duplicação de cartões eleitorais na autarquia que dirige.
Para ele, Matsinhe devia dar o bom exemplo, pelo facto de ser um religioso.
“O recenseamento eleitoral de 2023 está enfermo de muitos ilícitos eleitorais”, disse Vahanle, dando o exemplo de que “secretários da FRELIMO fazem listas dos cidadãos e entregam aos supervisores para recensearem, encontramos a falsificação de cartões eleitores e a duplicação dos mesmos, temos provas dos mesmos em que em vez de escrever Paulo escrevem Paulino, a fotografia muita das vezes não confere com o nome do cartão do eleitor”.
O autarca diz ainda que “encontramos a situação dos secretários dos bairros que eles estão a fazer declarações, para fins desconhecidos. Isso, também, tem sido um dos problemas, a nossa polícia interfere negativamente nesse processo eleitoral. Eu fico um bocadinho inquietado, porque nos anos passados os presidentes da Comissão Nacional de Eleições era, realmente, da Sociedade Civil, mas actualmente nós encontramos grandes figuras religiosas, e estes senhores esquecem dos ensinamentos da bíblia, assim como do alcorão. Eles protagonizam um processo eleitoral como este que até certo ponto é pecado, mas os mesmos condenam o pecado”.
É apelo de Vahanle que a CNE trabalhe baseando-se na honestidade, porque “o presidente da Comissão Nacional de Eleições, ele como um religioso, não trabalhar como um Satanás ou mesmo um demónio disfarçado em pessoa, nós não concordamos com isto que está a acontecer, pensávamos que ele é uma pessoa honesta com atitude no lugar, mas hoje está a mostrar o seu comportamento demoníaco”.
Aquele membro da Renamo, antevê um processo eleitoral conturbado e de vergonha. “O destino de um país é graças a estas eleições, se estas eleições são realizadas com certa irregularidade, significa que estes senhores estão a conduzir o país para um destino errado e esse tipo de acto não fica bem”, concluiu a nossa fonte. (Hermínio Raja)