Nampula (IKWELI) – Dois indivíduos, com a idade compreendida entre os 17 e 19 anos, estão detidos nas celas da 2ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique (P.R.M), na cidade de Nampula, indiciados de porte ilegal de arma de fogo do tipo pistola e roubo agravado na via pública, naquela circunscrição geográfica.
Com recurso a este instrumento novo, os indivíduos ensaiaram um assalto no último Sábado no posto administrativo de Muhala, concretamente na zona de Expansão, que resultou no roubo de um telemóvel. Todavia, por suspeitas de que se tratava de um bem de somas avultadas ao considerar a qualidade, segundo a polícia, os supostos assaltantes devolveram o bem roubado à respectiva vítima que, ameaçada, denunciou a polícia.
Os indivíduos sustentam que a pistola de marca Blow P29, de calibre 9mm é produto importado da África do Sul e a P.R.M entende que é ilegal o porte do instrumento pelos indivíduos no território nacional, razão pela qual, para além de roubo agravado ao assaltarem o cidadão na via pública, os indivíduos vão responder pelo crime de posse ilegal de arma de fogo.
“Este é um acto reprovável, contrário a lei, daí que mediante os dispositivos legais que norteiam o nosso ordenamento jurídico decidimos instaurar um processo-crime que, de seguida, será encaminhado às outras instituições de administração da justiça para que seja legalizada a prisão e posteriormente serem julgados e condenados pelo facto cometido”, disse o porta-voz da P.R.M, Zacarias Nacute.
No entanto, diante da Imprensa, os indiciados limitam-se em afirmar que agiram por emoção ao portar a arma e de seguida protagonizarem um assalto na via pública. Aliás, “todo o Homem aprende com seus próprios erros e a emoção nos leva a causar grandes problemas”, referiu o adolescente de 17 anos de idade, das poucas vezes que decidiu falar aos microfones de jornalistas.
Informações colhidas pelo Ikweli indicam que para além da pistola, 47 munições foram recuperadas na posse dos indivíduos, num universo de 50 que compõem a caixa, o que significa que três foram usadas. (Esmeraldo Boquisse)