Nampula (IKWELI) – A ruptura de condutas, associado a vandalização de tubagens obsoletas, está a atrair cada vez mais prejuízos ao Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG), empresa fornecedora deste precioso líquido. Os prejuízos se fazem sentir, igualmente, no seio dos clientes consumidores de água canalizada, os quais passam longos períodos sem o mesmo jorrar nas suas torneiras.
Na cidade de Nampula, o FIPAG detém uma carteira de pouco mais de 40 mil consumidores, com uma capacidade máxima de abastecimento de 40 mil metros cúbicos por dia, segundo informou o director da Administração Regional Norte, Ermelindo Bonifácio. Contudo, até Março último, por exemplo, a empresa estimava uma perda total de 49 por cento, em consequência de ruptura de tubagens obsoletas, ligações clandestinas e vandalização das infra-estruturas da empresa e clientes em diferentes bairros da urbe.
O fenómeno que se verifica na capital é caracterizado por alagamento das vias de acesso nos bairros suburbanos, bem como no centro urbano, devido ao vazamento de água, resultado da vandalização das tubagens, outras ainda obsoletas. Em entrevista, o director Ermelindo Bonifácio reconheceu a realidade e disse ser prejudicial à empresa responsável pelo provimento da água à população.
E ao reconhecer o fenómeno que impacta negativamente nas planificações de expansão da rede de novas ligações na urbe, Bonifácio informou que as perdas advindas da vandalização e ruptura de infra-estruturas da empresa e as dos clientes são localizáveis, razão pela qual trabalha-se no sentido de regularizar certas situações quando identificadas e dadas a conhecer a empresa, através da chamada linha verde que facilita a comunicação entre os consumidores e a empresa.
“É possível medir o quanto nós perdemos, por isso não é aconselhável que quando haja ruptura os nossos clientes passam a tirar água naqueles pontos. Portanto, a sensibilização que nós fazemos é mesmo as pessoas não recorrerem as tubagens rompidas para tirar água. O primeiro princípio é comunicar que é para atempadamente fazermos a reposição e o cliente beneficiário passar a receber a água em condições condignas”, disse.
Ademais, “estamos atentos a estes bairros de expansão. Por isso trabalhamos também com as comunidades possíveis beneficiárias destas novas ligações”, disse o director Ermelindo Bonifácio quando questionado sobre os planos de novas ligações nos bairros em expansão no raio urbano.
Contudo, a fonte apela o uso racional da água e valorização do bem público, que são as infra-estruturas, no sentido que não haja dificuldades na provisão de serviços sociais, como o fornecimento da água canalizada aos mais de 700 mil habitantes da cidade de Nampula, no norte do país. (Esmeraldo Boquisse)