Nampula: Falta de sanitários públicos propicia a degradação do meio ambiente

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Nampula (IKWELI) – A cidade de Nampula, maior centro urbano do norte de Moçambique, não dispõe de sanitários públicos operacionais, os que anteriormente tinham sido construídos não estão em uso e encontram-se em péssimas condições de higiene.

Esta situação concorre para que os munícipes recorram a esquinas, árvores e paredes para satisfazer as suas necessidades, o que faz com que alguns pontos da urbe expilam cheiro nauseabundo.

O Ikweli observou que várias ruas e avenidas da cidade tem pontos que, para atravessar, é necessária uma coragem, pois o cheiro ali existente é demasiadamente forte. Tal se situação observa-se ao longo da avenida Eduardo Mondlane, concretamente nas imediações da Escola Básica 25 de Junho, a estação dos CFM, ao longo da avenida do Trabalho, a rua Monomotapa, no muro da vedação da Sê Catedral de Nampula, entre outros pontos.

Embora os munícipes saibam que está prática é contra a postura municipal e que quem assim proceder incorre à multa que varia de 4.000,00Mt (quatro mil meticais) a 5.000,00Mt (cinco mil meticais), os mesmos justificam que a edilidade não tem vindo a criar condições para que os munícipes satisfaçam as suas necessidades biológicas.

“Se o município da cidade de Nampula não construir sanitários públicos, não tem como não haver um mau cheiro nas ruas, como também a poluição do meio”, dizem os munícipes entrevistados pela nossa equipa de reportagem, tanto que afirmam que “se não construírem sanitários públicos nada vai mudar”.

Arnaldo Lopes Basílio, um dos munícipes que falou a Ikweli, disse que “apesar de o município não criar condições sanitárias nas ruas, fico muito preocupado com a situação e não acho justa a aplicação de multas”, porque não há condições e nós temos necessidades”.

Júlia Armando, vendedeira ambulante, diz não ser fácil partilhar a sua receita com o pagamento efectuado para ter acesso a casa de banho no mercado central da urbe. “Aqui na cidade, a situação de urina é muto preocupante. Em alguns sítios não se pode passear a vontade, porque o mau cheiro da urina lidera agressivamente, mesmo o tempo que a gente parava nas acácias a espera de alguém já está ultrapassado, porque as árvores estão rodeadas de urina o que provoca mau cheiro, nem para fazer negócios não é aconselhável”.

O cidadão Abdala Ajudante, que é taxista de carro, desaconselha a prática, mas apela a edilidade para tomar conta da situação.

“Esta prática de fazer necessidades na rua não é boa, mas há quem prefere urinar no galão e lançar as urinas nas lixeiras o que, também, não é a aconselhável”, disse esta fonte. (Malito João)

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