Nampula (IKWELI) – O vereador do pelouro da Promoção Económica, Mercados e Feiras no Conselho Municipal da cidade de Nampula, Osvaldo Ossufo, disse lamentar a destruição e consequente abandono das actividades comerciais no mercado dos Bombeiros, pelo facto de a acção afectar muitos munícipes que dependiam daquele local para a sua sobrevivência.
Lembre-se que o mercado dos Bombeiros foi destruído no passado dia 28 de Abril do ano em curso, por decisão do Tribunal Judicial da Província de Nampula, pelo facto de o mesmo espaço encontrar-se em litígio entre os comerciantes e a Organização da Juventude Moçambicana (OJM). Estima-se que mais de 700 (setecentas) pessoas desenvolviam suas actividades comerciais no local em referência.
Para além de impactar negativamente na vida dos munícipes que tinham nos Bombeiros como o seu local de sobrevivência, a destruição daquele mercado vai, também, afectar a economia do próprio município. Em conformidade com Osvaldo Ossufo, vereador do pelouro da Promoção Económica, Mercados e Feiras, em média diária a edilidade perde mais 3500,00Mt (três mil e quinhentos meticais) de taxa, mais de 105.000,00Mt (cem mil e quinhentos e cinco mil meticais), mensalmente,
“Três mil e quinhentos meticais é esta receita que não estamos a ter desde semana passada, mas o nosso foco principal não eram as receitas, mas sim como acomodar cerca de 700 munícipes que estavam ali a exercer suas actividades, viviam graças aquele mercado, isso é que é o nosso principal foco neste momento. Quanto as receitas sei que é algo que vai nos prejudicar, é menos força financeira que estamos a ter, mas nós temos que, em primeiro lugar, olhar por aquilo que os munícipes neste momento se encontram praticamente num desamparo”, disse Osvaldo Ossufo.
Por outro lado, o vereador fez saber que sobre o processo que culminou com a demolição do referido mercado, o Conselho municipal não foi comunicado. Apesar disso, garantiu a disponibilidade de mercados para acolher aquele grupo de comerciantes, destacando o mercado 25 de Junho, localizado na zona do Matadouro.
“Nenhuma das partes comunicou com o Conselho Municipal, a partir da OJM, os comerciantes, o próprio Tribunal, nenhuma das partes comunicou com o Conselho Municipal. A semelhança de vocês, tivemos a informação da demolição do mercado duma forma repentina e ficamos admirados. Até agora nós, como Conselho Municipal, não temos uma informação oficial sobre o tal acto”, disse Osvaldo Ossufo.
“Nós como Conselho Municipal esperamos que os comerciantes afectos por esta situação possam vir ter connosco para juntos encontrarmos alternativa porque, se a questão é espaço para poderem explorar, para darem continuidade das suas actividades, como Conselho Municipal temos várias alternativas. A título de exemplo, temos o mercado 25 de Junho, no matadouro, temos o caso do mercado Nalokho, até esses espaços havíamos proposto na altura do incêndio do mercado dos bombeiros, mas de um tempo para cá os próprios comerciantes chegaram de acordo de que estes dois pontos ficavam distantes e que não valeriam apena para o tipo de negócio que eles desenvolvem”, precisou o dirigente. (Constantino Henriques)