Namapa (IKWELI) – O Secretário – Geral do partido FRELIMO, Roque Silva, retirou na tarde desta sexta-feira (14) no distrito de Eráti, na nortenha província de Nampula, que as organizações da sociedade civil que operam no país não estão a contribuir para o desenvolvimento da nação moçambicana, mas sim desestabilizá-la.
Depois de quatro dias de trabalho na província de Cabo Delgado, Roque Silva escalou nesta sexta-feira o maior círculo eleitoral de Moçambique, Nampula, e o distrito de Eráti, concretamente na vila-sede, Namapa, para mais uma onda de acção política.
Dirigindo-se aos militantes do partido, em Namapa, Roque Silva disse de viva voz que algumas Organizações da Sociedade Civil em Moçambique estão mais para desenvolver actividades políticas fugindo da essência da sua criação.
O Secretário – Geral da Frelimo destacou que as manifestações que o país assiste, com alguma regularidade em reivindicação da situação socioeconómico descrita como sendo preocupante, são incentivadas pela Sociedade Civil.
“Nós precisamos continuar a acreditar ainda que este país vai crescer. Como quem o preside tem juízo, e a Frelimo, este país vai crescer. Mas para que o país cresça, cada um tem que fazer a sua parte. Para que este país cresça, os jovens têm que compreender que o desenvolvimento exige trabalho, trabalho, exige o empenho de todos”, começou por dizer Roque Silva.
“Para que ainda continuarmos com o sonho de um dia sermos um país livre da pobreza, não vamos conseguir isso convocando marchas todos os dias na estrada, convocando manifestações para atender. Não vamos conseguir alcançar o nível de desenvolvimento em tão pouco tempo com as organizações da sociedade civil que, algumas, ao invés de ensinar o povo a amar a Pátria, ao invés de ensinar o povo a ser trabalhador, ensina o povo a revoltar-se contra a sua própria pátria”, entende o político.
“Isso não é patriotismo, isso não é cidadania, isso nem é trabalhar para o crescimento da sociedade. Queremos sim, o que acontece com muitas outras organizações da sociedade civil, que estão empenhadas em ensinar a população sobre como se pode produzir mais e melhor. Queremos, sim, o que acontece com muitas organizações da sociedade civil em que ensinam as pessoas a valorizar ser cidadão moçambicano. Queremos sim organizações da sociedade civil que ensinam as pessoas a negar aquilo que está mal, mas dentro de um sentido de disciplina, dentro de um sentido de patriotismo, e dentro de um sentido de cidadania profundo”, prosseguiu Silva.
“Não queremos, não, que os jovens se deixam distrair para aqueles que sob capa de sociedade civil se transformam em autênticos partidos políticos, mas partidos políticos que visam perturbar o processo de desenvolvimento”, sublinhou o número dois da Frelimo. (Constantino Henriques, nosso enviado a Namapa)