Formandas do Instituto Industrial e Comercial de Nampula escapam violação sexual no próprio internato

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Nampula (IKWELI) – Duas estudantes internadas no lar do Instituto Industrial e Comercial de Nampula, no norte do país, escaparam da tentativa de roubo e violação sexual na madrugada desta segunda-feira (10), actos protagonizados por indivíduos até então desconhecidos que invadiram o quarto das vítimas, naquele ponto da província.

Localizado no interior do bairro de Muahivire, posto administrativo do mesmo nome, o lar do Instituto Industrial e Comercial de Nampula tem sido alvo de assalto, vandalização e furtos de bens pertencentes aos jovens internados naquele estabelecimento público. Para além da localização, o lar não oferece segurança aos que nele residem, pois é aberto a qualquer pessoa que circule pela zona porque não está vedado.

Eis que depois de vários roubos, e denunciados à direcção do lar e geral do instituto, um grupo de indivíduos introduziu-se no quarto dois do bloco feminino, onde ameaçaram as duas formandas que se encontravam a dormir, no sentido de entregarem os seus pertences, concretamente os telemóveis. E porque estas resistiram, os larápios munidos de facas tentaram violar sexualmente, segundo narram fontes próximas das vítimas e afectos àquele lar.

Em consequência deste assalto e tentativa de violação sexual, uma das vítimas contraiu ferimentos ligeiros na mão esquerda e na manhã em que ocorreu o acto, foi levada ao hospital para tratamentos.

Segundo informações em nosso poder, a direcção do lar do Instituto Industrial e Comercial de Nampula forçou as vítimas a não denunciar o ocorrido, sob garantia de que o assunto seria canalizado ao director do instituto e depois encontrar-se formas de contornar sem despertar a atenção do público, tanto é que a equipa do Ikweli teve dificuldades de aceder às informações através da direcção do lar.

No recinto do domicílio escolar do Instituto Industrial e Comercial de Nampula, o Ikweli soube que há sensivelmente um mês que o guarda não trabalha, facto que propicia a vandalização e roubo. Ademais, para se proteger das intenções dos larápios, os alunos, sobretudo as mulheres, escondem os seus pertences importantes, no caso de telemóveis, debaixo das camas parte.

Informações em nosso poder indicam que o lar em alusão acolhe apenas duas formandas e 19 formandos.

E para apurar a verdade, dirigimo-nos ao lar e em contacto com o director do internato, este escusou-se a se pronunciar, tendo-nos encaminhado ao director do Instituto Industrial e Comercial, Manuel Naife. Entretanto, na tentativa de colher a versão do director do instituto, este não se encontrava no seu gabinete e quando o contactámos telefonicamente não atendeu a ligação.

Enquanto isso, a verdade é que por causa da vandalização e roubos frequentes, os alunos abandonam o lar, pois não oferece condições de segurança para quem ali reside. (Esmeraldo Boquisse)

 

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