Outra vez Novinte? Funcionários do conselho autárquico de Nacala em greve por atrasos salariais

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Nacala (IKWELI) – Os mais de 600 funcionários, entre efectivos e sazonais, voltaram a encerrar as portas do Conselho Autárquico de Nacala, em Nampula. Trata-se de uma paralisação de actividades que visa forçar o edil Raúl Novinte a pagar dois meses de salários em atraso.

É a segunda vez que os colaboradores da edilidade de Nacala reivindicam o pagamento dos seus salários. A primeira greve teve início no dia 04 de Janeiro de 2023, onde os trabalhadores exigiam o pagamento dos meses de Novembro e Dezembro de 2022, incluindo o 13º vencimento.

A paralisação durou 18 dias e a edilidade viu-se obrigada a fazer um acordo com os funcionários, onde prometeu pagar os dois meses até o dia 28 de Fevereiro, ficando claro que não havia capacidade para o pagamento do 13º vencimento.

Segundo apuramos junto dos funcionários, em Fevereiro a edilidade só pagou o salário de Novembro e de Janeiro. E de lá para cá nem água vem, nem água vai. Houve encontros com o presidente Raúl Novinte no sentido de se encontrar vias alternativas para o pagamento da dívida, mas em vão.

E quando viram todas as tentativas frustradas, viram-se obrigados a fechar as portas em todos os sectores de actividade como forma de exigir os seus direitos, numa altura em que alguns pais estão com dificuldades de colocar o pão na mesa e pagar as despesas da escola.

Os trabalhadores denunciaram, igualmente, situações de humilhação e ignorância por parte dos gestores da autarquia. É que desde que Raúl Novinte tomou posse, foram retirados todos os subsídios que tinham direito, desde a festa de 1º de Maio, Dia da Função Pública, Dia da Cidade de Nacala, entre outras celebrações.

Os atrasos de salários são frustrantes. Existe outro grupo de 127 colaboradores denominados “comida pelo trabalho”, que foi contratado para as actividades de limpeza da cidade. Estes não recebem os seus subsídios há mais de oito meses.

Tentamos contactar a edilidade para esclarecer as razões da segunda paralisação, mas ninguém se predispôs a falar. O porta-voz do Conselho Autárquico, Arlindo Chissale, e o presidente da autarquia de Nacala recusa-se a falar por motivos que desconhecemos.

Contudo, vamos continuar a insistir e a persistir no sentido de trazer a veracidade dos factos em torno deste assunto, que agita não só os funcionários, mas também as respectivas famílias. (Redacção)

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