Nampula (IKWELI) – O partido Frelimo na província de Nampula entende que a má governação local da Renamo nos municípios de Malema, cidade de Nampula, Nacala, Ilha de Moçambique e Angoche fará com que os camaradas tomem as rédeas a partir das próximas eleições autárquicas agendas para Outubro próximo.
A garantia é do Secretário do Comité Central para a Área de Organização da FRELIMO, João Mudema, numa reunião de avaliação do desempenho dos órgãos dos municípios governados pela FRELIMO, realizada no último fim-de-semana no município de Ribáuè, com vista a monitorar os trabalhos e preparar a vitória nas sextas eleições autárquicas.
Aquando da abertura da reunião, João Mudema mostrou-se confiante de que os relatórios dos órgãos executivos dos municípios dirigidos pela FRELIMO apresentam indicadores que facilitam a avaliação dos manifestos eleitorais de 2018, que formalmente foram transformados em programas quinquenais de governação autárquica de 2019-2023.
“Queremos acreditar que os relatórios das bancadas da FRELIMO, nas assembleias dos municípios não governados por nós trarão informações úteis das acções com resultados tangíveis realizadas pelo nosso governo, no âmbito do cumprimento dos planos económicos e sociais, bem como das fragilidades governativas da oposição a capitalizarmos, para a potenciação da nossa estratégia eleitoral, a culminar inadiavelmente com a reconquista daqueles territórios municipais”, disse Mudema.
Para chamar atenção aos seus correligionários, Mudema recorreu a gíria interna da FRELIMO, segundo a qual “a vitória prepara-se. A vitória organiza-se”, daí a necessidade da coesão, união e empenho de todos os membros a partir da base.
“Os interesses pessoais e inconfessos não devem estar acima dos interesses da sexagenária FRELIMO”, alertou o Secretário do Comité Central para a Área de Organização, para quem a vitória nas próximas eleições autárquicas “depende da exploração permanente e bem estudada das fragilidades da oposição na gestão da coisa pública nos municípios onde ela [a RENAMO] governa, e transformá-las em oportunidades para o sucesso da nossa acção política no terreno”.
Sempre no olho pela governação no maior círculo eleitoral, João Mudema recorda o papel das células, comités de círculo e de localidades, porque segundo entende, constituem a sede própria onde os membros e simpatizantes da FRELIMO consciencializados têm de cumprir os seus deveres estatutários, a saber a aderência exemplar e massiva aos postos de recenseamento eleitoral e nas mesas de assembleias de votos.
Outra estratégia que visa garantir a vitória jurada, segundo Mudema, é a capacidade das células, comités de círculo e de localidades, mobilizar eleitores na sua generalidade a seguirem o seu exemplo, o que em frases curtas significa, convencê-los a se filiarem à FRELIMO.
“Como é do vosso total domínio, a coesão interna dos membros da FRELIMO é a premissa fundamental para o alcance das vitórias necessárias desde a luta de libertação nacional aos nossos dias. Pela FRELIMO, caros camaradas, não nos podemos fingir, aplicarmo-nos ciladas, vigarizarmo-nos, mentirmo-nos, desgastarmo-nos, pois isso fortalece a quem e com muita preocupação pretende empurrar-nos do poder” indagou. (Esmeraldo Boquisse)