Nampula (IKWELI) – Um indivíduo de 37 anos de idade violou sexualmente, até engravidar, uma menor de 15 anos de idade, por sinal sua cunhada, no bairro de Muahivire na cidade de Nampula, no extremo norte de Moçambique.
A relação entre os dois, que culminou na gravidez, agora com dois meses, começou no mês de Outubro de 2022, mas as autoridades policiais só tiveram conhecimento na passada terça-feira (03 de Janeiro), graças às denúncias dos familiares da menor.
A menina em causa é natural do distrito de Memba, e encontra-se a residir na cidade de Nampula desde o ano de 2019 na casa da prima, mulher do “trepador”. Segundo conta a própria vítima, por sinal aluna da 6ª classe na escola primária completa de Maparra, o cunhado torna-se no primeiro homem a manter relações íntimas com ela. Fez saber, também, que com o cunhado a relação aconteceu por três dias suficientes para gerar a gravidez.
Segundo apuramos, o acto entre os dois era praticado na calada da noite na mesma casa, sendo que o violador esperava a esposa dormir para protagonizar o assalto ao quarto da pequena. Questionada sobre as razões de não informar de tudo que estava a acontecer, alegou que tinha medo do cunhado porque teria proferido sérias ameaças caso contasse o sucedido.
O indiciado, por sinal vendedor informal na cidade de Nampula, é confesso na prática daquele tipo de crime previsto e punível pela lei. “Estou aqui porque violei uma menor de 15 anos, é minha cunhada, vivia comigo”, começou por afirmar o referido violador que tem, também, a mulher está grávida, acrescentando que “eu quando fosse ter com ela não negava, e já fizemos por três vezes”.
Trata-se do primeiro caso de violação sexual a menores registado pelas autoridades policiais de Nampula neste ano de 2023, mas no ano passado a corporação teve o registo de cerca de 250 casos, contra 300 em 2021.
“Já foi lavrada a respectiva peça de expediente que segue os seus trâmites legais com vista a responsabilização criminal deste indivíduo. Queremos através dos órgãos de comunicação social, apelar que qualquer pessoa que tenha conhecimento de um caso semelhante que denuncie a polícia ou qualquer subunidade para proteger a integridade das crianças. Qualquer caso de abuso de crianças não tem espaço de negociação e os infractores devem ser responsabilizados criminalmente”, exortou Dércio Samuel, chefe do Departamento de Relações Públicas, no Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula. (Constantino Henriques)