Preços de produtos de primeira necessidade começam a disparar na cidade de Nampula

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Nampula (IKWELI) – Os produtores de primeira necessidade na cidade de Nampula, no norte de Moçambique, começam, paulatinamente, a aumentar, mesmo diante dos apelos das autoridades governamentais para que vendedores não se aproveitem da quadra festiva do Natal e do Fim de Ano.

Manuel Rodrigues, governador de Nampula, recentemente, visitou centros comerciais e mercados para apelar aos comerciantes para que não subam os preços sem que tenham motivo que justifique a prática.

Uma semana depois desta visita, a reportagem do Ikweli visitou alguns mercados e o cenário que observamos é da subida drástica dos principais produtos de consumo nas famílias de Nampula

No mercado grossista do Waresta, por exemplo, quase todos os produtos tiveram incremento no preço praticado habitualmente.

O tomate, a cebola, a batata reno, o arroz, a pimenta, o açúcar, a farinha de trigo e óleo fazem parte dos produtos que o preço aumentou da noite para o dia, deixando muitas famílias desesperadas, porque os seus rendimentos não cobrem os preços actualmente praticados.

“Isso está de mais, as pessoas não podem acordar e aumentar os preços assim do nada sem o consentimento do governo”, comenta Atanásio Marcos, munícipe que estava a fazer compras no mercado do Waresta, e prossegue afirmando que “isso é lamentável, há funcionários que não tem tantas condições para fazer compras com esses preçários exorbitantes. No meu ponto de vista, esse é o tempo de os fiscais da Inspecção Nacional de Atividades Económicas activarem o seu modo de fiscalização”.

Márcia Alberto é uma dona de casa que aceitou ser entrevistada pelo Ikweli num dos mercados da cidade de Nampula, desesperada, apenas resmungava anotando que “assim fica muito chato, quando sabes que tu tens mais de 3 bocas para sustentar, por exemplo eu trabalho numa casa como doméstica e tenho filhos”. “Eu como mãe e dona de casa já tinha planificado o que havia de comprar e quantos meticais gastaria nessas despesas que eu ia fazer, mas não sei se até na festa do natal vou conseguir comprar pelo menos 50% de todos produtos alimentares que eu necessito”, disse.

É apelo desta cidadã que o governo começa a actuar escrupulosamente para pôr termo as estas situações, sob risco de ter famílias sem comida nesta época do ano. (Hermínio Raja)

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