Nampula (IKWELI) – O Hospital Central de Nampula (H.C.N), por sinal o de referência na zona norte do país, conta, neste momento, com o apoio de médicos militares para dinamizar o atendimento aos pacientes, em consequência da greve dos médicos, anunciada pela respectiva Associação Médica de Moçambique (AMM) e em vigor há sete dias a escala nacional.
A informação foi avançada, em entrevista, pela porta-voz do H.C.N, Dalva Khosa, a qual refere que embora os membros da Associação Médica de Moçambique estejam em greve, os serviços mínimos estão sendo assegurados pelos médicos militares que se revelaram sensíveis pela situação em que os doentes são submetidos, devido a greve que vigora desde o dia 5 de Dezembro corrente.
Ademais, Khosa que, também, é cirurgiã pediatra, garante que os médicos em greve dão o seu apoio nas urgências, no caso do Banco de Socorros, pediatria e traumatologia, cumprindo assim parte das suas obrigações de garantir os serviços mínimos para os utentes.
“No geral, todos os serviços ressentem-se desta greve, no caso da pediatria, cirurgia, medicina e ginecologia”, destacou a responsável do Banco de Socorros do H.C.N, para quem espera que a greve não continue e que haja negociação entre as partes envolvidas, pois “se porventura isto continuar podemos ter uma situação não muito boa para todos”, rematou Khosa, ao entender que em épocas festivas e chuvosas como as que nos encontramos é característico o aumento da procura de serviços de saúde pelos cidadãos. (Esmeraldo Boquisse)