Moma conta com uma Youth Hub para o empoderamento de jovens para a promoção da paz e desenvolvimento local

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Nampula (IKWELI) – O Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD) realizou, entre os dias 7 e 11 de Novembro, a formação de 30 jovens do Youth Hub de Moma, no âmbito do Programa Coesão Social no Norte de Moçambique.

Os jovens foram treinados em cinco competências, nomeadamente “engajamento Cívico, Resolução de Conflitos e Negociação, Liderança, Habilidades do Século XXI e Empreendedorismo e Projectos de Desenvolvimento Comunitário”.

A abertura oficial da formação foi dirigida pelo Secretário Permanente do distrito de Moma, João Bento Zampula, e contou com a participação da representação dos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia e dos Serviços Distritais de Actividades Económicas. Na sua intervenção, o Secretário Permanente enfatizou a importância de capacitar e empoderar os jovens, tendo igualmente encorajado o associativismo como um mecanismo de participação na governação local. No contexto dos desafios colocados pelo extremismo violento que assola a província de Cabo Delgado desde Outubro de 2017, o dirigente alertou que os jovens devem se distanciar de movimentos que não estão preocupados com o bem-estar da juventude. Trata-se de movimentos que se aproveitam das fragilidades dos jovens, sobretudo a falta de ocupação e o desemprego.

João Zampula, SP de Moma

Para Judity Romola, dos Serviços Distritais de Actividades Económicas de Moma, o desenvolvimento de Moçambique deve estar alicerçado na força dos jovens. Os jovens beneficiários da formação devem ser capazes de transmitir os conhecimentos adquiridos para outros jovens.

Assma frequenta a 11ª classe na Escola Secundária de Moma. Para ela, a formação foi bastante importante porque aprendeu muito sobre os direitos dos jovens. Ficou bastante impressionada com os conteúdos, porque transmitiam as diversas formas de fazer mudanças positivas na sua comunidade. Embora Assma seja uma poetisa, com uma veia para intervenção social, ela não se achava capaz, antes da formação, de influenciar mudanças positivas na sua comunidade. Mas depois da formação, ela mudou a sua perspectiva. Assma identifica-se como uma activista ambiental e pretende lutar com mais afinco para a preservação do meio ambiente. Quanto aos desafios para a participação dos jovens nos processos de tomada de decisão, nota que a liberdade de expressão tem sido um direito limitado, sobretudo porque os “mais velhos” tendem a negligenciar a voz dos jovens, o que os impede de opinar sobre os problemas locais e apresentar as suas propostas de solução.

Assma Alvido, formanda

Luísa Brás tem 21 anos de idade e terminou o ensino médio na Escola Secundária de Moma. Sobre a formação, ela conta que aprendeu muito, particularmente sobre a liderança. Luísa espera replicar esses conhecimentos para os outros jovens. “A ideia de que a capacidade de liderança pode ser adquirida fez com que eu ficasse cada vez mais motivada, pois achava que apenas pessoas com talentos natos de liderança podiam liderar processos de mudança”.

Luísa Brás, Formanda

O Programa Coesão Social é implementado com o apoio da Cooperação Suíça. Trata-se de uma iniciativa liderada pela sociedade civil (CDD, IESE e Fundação MASC) para fortalecer a coesão social no Norte de Moçambique. Os principais grupos-alvo são os jovens e as mulheres, vistos como “agentes de mudança” tanto individual como colectivamente. Os agentes de mudança colectiva também incluem instituições públicas que têm interesse, capacidade e ideias para contribuir para a inclusão económica, política e social, melhorar a capacidade de resposta do Estado e a prestação de serviços. (Américo Maluana, colaboração)

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