Nampula (IKWELI) – A primeira-dama de Moçambique, Isaura Nyusi, procedeu ao lançamento do programa CRESCER BEM nesta segunda-feira na vila de Nametil, distrito de Mogovolas, o qual pretender combater a desnutrição crónica em 5 milhões de crianças nos próximos 5 anos em todo o país.
Dados divulgados na ocasião apontam que em Moçambique, cerca 24% da população ainda sofre os efeitosda desnutrição crónica.
“A desnutrição crónica é uma deficiência nutricional decorrente da carência de nutrientes fundamentais parao funcionamento adequado do organismo humano, que tem como consequência deficiente desenvolvimento intelectual e físico de carácter irreversível”, recordou Isaura Nyusi no seu discurso, prosseguindo que “as crianças afectadas pela desnutrição crónica são acometidas de forma irreversível por limitações no seu desenvolvimento humano, afectando o seu bem-estar e a sua contribuição para o desenvolvimento dascomunidades onde estão inseridas e do país em geral”.
O Programa de Educação Nutricional CRESCER BEM, que é uma iniciativa do Gabinete da Primeira-Damada República, em articulação com o Governo da República de Moçambique, tem como objectivo,consciencializar e mobilizar toda a sociedade moçambicana, em particular as gestantes, mães ecuidadoras, privilegiando as mulheres rurais.
“Nos últimos 5 anos, os índices de desnutrição crónica diminuíram, passando dos 43% para 38, emcrianças menores de 5 anos”, por isso “o programa CRESCER BEM vai capacitar, nos próximos 5 anos, cerca de 2.5 milhões de mulheres no meio rural, em matérias de educação nutricional, beneficiando cercade 5 milhões de crianças”.
Na mesma ocasião, a primeira-dama mostrou preocupação com o facto do desconhecimento dos efeitos nefastos da desnutrição crónica pela população moçambicana.
“Apesar de constituir um dos desafios da saúde pública, a desnutrição crónica continua desconhecida por grande parte da nossa população”, disse Isaura Nyusi.
Por seu turno, Celso Correia, ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, disse que “os instrumentos de políticas que orientam as intervenções na área de desenvolvimento rural, reafirmam que astransformações no meio rural centram-se na mulher e em particular na sua disciplina produtiva e no seu papel decisivo na produção, processamento, conservação e orientação no consumo, onde todos actores são chamados a ser emissores de mensagens para a mudança de hábitos alimentares nas famílias”, por isso “através da política nacional do SUSTENTA, uma iniciativa Presidencial, o Governo investiu até hoje emsubsídios aos projectos financiados no valor de sete mil oitocentos e trinta e dois milhões, duzentos e sessenta e nove mil e trezentos e vinte nove meticais, com um resultado directo no o aumento da produção e produtividade agrária e a retirada de cerca de 5 milhões de moçambicanos da situação de insegurançaalimentar, saindo de cerca de 12.3 milhões em 2020 para cerca de 7 milhões de pessoas em 2022”, numa perspectiva, também, de melhorar a situação nutricional das crianças.
Para garantir esse ensejo, Correia assegurou que “no âmbito da transferência de tecnologias, á cerca de 189 789 Agregados Familiares e um total de 948.945 pessoas beneficiaram de insumos (semente,fertilizantes e pesticidas) em forma de Pacote de Produção, que contemplam sementes para culturas desegurança alimentar e culturas de rendimento”. (Esmeraldo Boquisse)