Nampula (IKWELI) – O governo da província de Nampula, no norte de Moçambique, anuncia o resgate de, pelo menos, 88 raparigas que se encontravam em uniões prematuras.
De acordo com a directora provincial do Género, Criança e Acção Social, Albertina Ussene, estes dados referem-se ao período que vai de Janeiro a Agosto do corrente ano, e que destes casos, 12 foram encaminhados a justiça, e 86 vítimas foram reintegradas nas escolas.
Estes casos ocorreram em, apenas, oito distritos, precisamente o de Nampula, Angoche, Mogovolas, Moma, Nacala, Nacala-à-Velha, Mossuril e Mecubúri.
Segundo a nossa fonte, a pobreza tem sido um dos factores que concorre para que as famílias admitam uniões prematuras, o que vai afectando o crescimento das raparigas.
Albertina Ussene comenta que a instituição que dirige trabalha com “várias entidades para combater o fenómeno”, e que “são forças que vão actuar juntos cada um fazendo a sua parte. A educação garante que a criança volte a escola, a justiça para que o infractor receba a sua pena”.
Apesar dos números de resgate das raparigas em diferentes distritos, a nossa fonte disse que a sociedade deve tomar consciência do mal que é protagonizado as raparigas por entregarem elas mais novas aos homens adultos e absterem-se.
O Fundo das Nações Unidas (UNIFEC, na sigla inglesa) refere que Moçambique tem uma das taxas mais elevadas de uniões prematuras no mundo, sendo a segunda maior na região africana. (Vânia Jacinto)