Nampula (IKWELI) – A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, recolheu um professor, por sinal director da Escola Primária e Completa (EPC) de Nacaropa, no distrito de Nacarôa, indiciando-o da prática do crime de violação sexual contra menor de 13 anos de idade.
Esta vítima é cunhada do infractor, e vem fazendo das suas com a menor desde o ano de 2019, altura em que a esposa fora ser monitora eleitora.
Este é o segundo caso que, em menos de um mês, é reportado do distrito de Nacarôa, em ambos dos violadores negam, mas as vítimas confirmam.
“A vítima é minha sobrinha e o violador é meu tio que casa com a minha sobrinha mais velha, e aquela minha sobrinha vivia na casa violador”, contou o tio da vítima, acrescentado que “ela já vem sofrendo esse caso de violência há bastante tempo e não revelava a ninguém, só agora quando a mesma ficou cansada de ver cada dia a mesma coisa decidiu contar a família, mas a minha família queria que isso termina-se, só pela família, mas como eu sou de uma associação que luta contra esse mal, então eu não me senti bem deixar isso só na família”.
Olga Loforte, da Associação Moçambicana da Mulher e de Apoio a Rapariga (OPHENTA), encoraja que estes tipos de práticas criminais devam ser denunciados vivamente.
“O nosso trabalho como a média, Procuradoria e como Polícia, tem que ser para salvaguardar os direitos da criança, isto porque muitas vezes quando estamos num caso de abuso sexual, essas pessoas sofrem danos não apenas danos físicos, mas mentais, sociais, porque elas ficam impedidas de exercer a sua cidadania no espaço em que estão. Uma menor de 13 anos não tem como abordar um caso de violência sexual, isto porque a maioria das vezes o perpetrador ameaça a vítima”, disse esta fonte.
Com estes casos, a preocupação da PRM é ainda maior, pois somente no primeiro semestre do corrente ano, o Gabinete de Atendimento a Família e Menores Vítimas de violência, atendeu 126 casos de violência sexual contra menores de idade. (Hermínio Raja)