Nampula envia amostras do caso de suspeita da varíola dos macacos para laboratórios sul africanos

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Nampula (IKWELI) – As amostras do paciente que deu entrada no Hospital Militar de Nampula (HMN), com problemas de borbulhas no seu corpo, no passado dia 27 de Julho corrente e que agitou a província e o país,por alegadamente tratar-se de varíola dos macacos, serão testadas nos laboratórios da vizinha África do Sul para apurar-se a veracidade.

Os resultados dos diagnósticos poderão ser conhecidos dentro dos próximos dois dias, segundo garantias dadas pelas autoridades de saúde ao nível da província de Nampula, no norte de Moçambique. Aliás, dados preliminares do sector de saúde indicam que o referido paciente está com varicela em consequência de contacto que manteve com duas crianças que padeciam pela mesma enfermidade.

“Neste momento, nós como província gostaríamos de agradecer a população que de certa forma nos trouxe à tona aquilo que é o nível de atenção que estes têm para a identificação precoce de possíveis problemas que podem ter algum impacto na saúde pública, mas também alertar para a maior calma e tranquilidade porque o diagnóstico da varíola dos macacos deve ser confirmado laboratorialmente uma vez que existem outras doenças que podem cursar com o mesmo quadro clínico como é o caso da própria varicela, sarampo, bem como alguns casos que os pacientes após a toma de algum medicamento pode começar com alguma reaçãoalérgica desse medicamento que se manifesta com aparecimento de borbulhas, características daquelas que nós vimos no paciente que deu entrada no Hospital Militar de Nampula”, disse esta sexta-feira (29) Geraldino Avalinho, chefe do Departamento de Saúde Pública no Serviço Provincial de Saúde de Nampula.

Por outro lado, aquele profissional insta a população em geral para evitar a partilha de imagens tal como as do paciente em causa, “porque tratando-se de um problema de saúde pública de certa forma acaba mexendo um pouco com toda a população e, nós como sector de saúde uma vez que estamos numa província com vários factores sócio – culturais  sentimos que isso pode minar a adesão dos cidadãos às nossas unidades sanitárias porque, se calhar, naquela unidade sanitária deu entrada um caso isolado de uma doença altamente contagiosa”, disse a fonte, para quem “como sector, quando há caso similar temos tomado a devida cautela e pautar com os devidos procedimentos emanados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a gestão desses casos por forma que possamos trazer a veracidade do caso mas também pela vigilância bem como a contenção das formas de transmissão para evitar que a população toda possa ser infestada”.(Constantino Henriques)

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